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14/05/2012

"A Lucíola moderna"


Capítulo 12


Arthur segurou a mão da Lua, e suplicou-lhe que não fizesse aquilo, ela então respondeu-lhe:

“Alguém tem que pagar a conta da ceia!”

Arthur travou-lhe a mão e falou:

“Eu lhe suplico.”

“O que está acontecendo Lua?” Questionou Sá.  “Está com vergonha do Arthur? Ele é o único que tem a mais aqui.”

“Ah, então não é a primeira vez que faz isso?” Perguntou Arthur à Lua.

“Será a primeira vez que ela copiará esses quadros, já que comprei eles a pouco tempo, porém, em várias noites, mostrou-nos que ela assim como possui uma beleza angelical, tem o gênio da estatuária.” Explicou Sá.

“Bem vês, meu amigo, que a honra não é para todos. Sou indigno dela!” Afirmou Arthur, chateado.

“Pois eu acho.” Começou Chay. “Que Lua quer apaixonar-te.”

O moreno soltou uma gargalhada, e afirmou que ela estava a perder o tempo dela. Lua, por sua vez, levantou a cabeça com orgulho, tomou em suas frágeis mãos uma garrafa de vinho e virou-a.

Em seguida, subiu na mesa e despiu-se, imitando cada um dos quadros da parede e arrancado aplausos daqueles que olhavam-na.A  beleza era tão sublime, que até as mulheres riam e aplaudiam.

Arthur, revoltado, ergue-se da mesa.

“Que é isso? Não admiras?” Questionou-lhe Lua.

“Os quadros, assim como a modelo são deslumbrantes, mas o clima que aqui encontra-se sufoca-me.”

Assim, Arthur abriu a porta e saiu para o jardim.[1]


[1] FRAGMENTO ADAPTADO DA PÁGINA 46 DO LIVRO LUCÍOLA DE JOSÉ DE ALENCAR.




Continua... 
                                                                                              Escrita por : Amanda

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