Capítulo 12
Arthur segurou a mão da Lua, e suplicou-lhe que não fizesse
aquilo, ela então respondeu-lhe:
“Alguém tem que pagar a conta da ceia!”
Arthur travou-lhe a mão e falou:
“Eu lhe suplico.”
“O que está acontecendo Lua?” Questionou Sá. “Está com vergonha do Arthur? Ele é o único
que tem a mais aqui.”
“Ah, então não é a primeira vez
que faz isso?” Perguntou Arthur à Lua.
“Será a primeira vez que ela copiará esses quadros, já que
comprei eles a pouco tempo, porém, em várias noites, mostrou-nos que ela assim
como possui uma beleza angelical, tem o gênio da estatuária.” Explicou Sá.
“Bem vês, meu amigo, que a honra não é para todos. Sou
indigno dela!” Afirmou Arthur, chateado.
“Pois eu acho.” Começou Chay. “Que Lua quer apaixonar-te.”
O moreno soltou uma gargalhada, e afirmou que ela estava a
perder o tempo dela. Lua, por sua vez, levantou a cabeça com orgulho, tomou em
suas frágeis mãos uma garrafa de vinho e virou-a.
Em seguida, subiu na mesa e despiu-se, imitando cada um dos
quadros da parede e arrancado aplausos daqueles que olhavam-na.A beleza era tão sublime, que até as mulheres
riam e aplaudiam.
Arthur, revoltado, ergue-se da mesa.
“Que é isso? Não
admiras?” Questionou-lhe Lua.
“Os quadros, assim
como a modelo são deslumbrantes, mas o clima que aqui encontra-se sufoca-me.”
Assim, Arthur abriu a porta
e saiu para o jardim.[1]
[1]
FRAGMENTO ADAPTADO DA PÁGINA 46 DO LIVRO LUCÍOLA DE JOSÉ DE ALENCAR.
Continua...
Escrita por : Amanda
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