"My first love"

Capitulo 87 e 88

POV Arthur

            Pior fim de semana possível, com raiva, trancado num quarto e sem minha pequena.

            Nem tive coragem de ligar pra ela. Com a raiva que eu estava do irmão dela era capaz de ajuda-la a matar ele, e isso não seria bom. E se ela resolvesse defender o irmão eu acabaria brigando com ela e definitivamente eu não queria isso. Resolvi me desligar do mundo. Na segunda não fui nem pra faculdade. Pra falar a verdade só sair de casa hoje porque tinha um trabalho em grupo da faculdade. Mal falei com o Pedro, apenas o necessário pra apresentação, e sentir que ele se incomodou com isso, mas permaneci afastado. Já era noite quando a Mel surgiu no meu quarto jogando meu celular na cama.

            - Thur, tenha o mínimo de consideração e responde a Lua.

            - Hãn?! Do que você está falando? – o que ela fazia com meu celular? Nem eu mesmo me lembrava de que ele ainda estava em algum lugar da casa desligado.

            - Arthur! Desde sexta que a Lua está tentando falar com você. Seu problema foi com o Pedro e não com ela. Ela está sofrendo com isso sabia? – Mel falava com toda calma do mundo como se quisesse me convencer.

            - Como ela está? Ela te disse alguma coisa? – perguntei curioso e com medo da resposta, sei que fui errado, mas realmente não tive cabeça esses dias.

            - Ela está mal, e me ligou agora pra pedir que você pelo menos responda uma mensagem que ela te mandou – Mel saia do quarto com uma cara nada boa. Acho que virei o culpado dessa história toda.

            Ao ler aquela mensagem senti um aperto no peito. Com certeza ela deve está achando que eu estou com raiva dela.

“Estou bem pequena, fiquei chateado com a situação e não com você.

 Me entenda por favor. Não quero você triste.

 Amanhã vou te ver. Saudade demais de você. Beijo. ”

            Após responder a mensagem vi quantas ligações tinha, coitada da Lu. Me senti um monstro agora, ela deve está achando que eu a abandonei, mas amanhã vou dar meu jeito de ir lá sem encontrar o Pedro. Preciso ver minha pequena e matar a saudades.

POV Lua

            Ao receber aquela mensagem, parece que diminuir um pouco o peso das minhas costas, apesar de saber que eu não tinha culpa de nada.

            Na quarta feira a tarde ele me ligou, estava saindo da aula e passaria aqui. Quando ele chegou corri pra abrir a porta e pendurei no pescoço dele dando um selinho antes dele falar qualquer coisa.

            - Que saudade desse abraço Lu – ele falava me abraçando forte e eu retribuía.

            - Promete que não some mais? – eu falava implorando.

            - Calma, eu não sumir, estou aqui não estou? – falou se sentando em uma das cadeiras da piscina me puxando pro seu colo.

            - Mas sumiu, me abandonou o final de semana inteiro! – eu falava manhosa.

            - Tá bom. Eu prometo – ele sorria e me dava um beijo, que era calmo, mas cheio de paixão.

            Ficamos conversando e namorando até o meu irmão chegar. Eles não se falaram, e não demorou muito Arthur falou que iria embora, e eu não queria deixar.

            - Lu, eu preciso ir, no final de semana a gente sai, inventa alguma coisa pra fazer, mas hoje eu preciso ir, tenho prova pra estudar – ele explicava, e acabei o deixando ir embora.

            Os dias se passaram, final de semana fomos ao cinema com Gabi, Soph e Mel. Meu irmão e Gabi ainda não tinham se acertado. E dessa forma se passaram algumas semanas.

* * *

Capitulo 88

            Os dias se passaram, minha relação com o Thur estava digamos que estranha, Peu e Gabi voltaram, e por falar em Peu, depois de muito se desculpar voltou a conversar com o Arthur, não era mais a mesma coisa, mas estavam pelo menos se falando e não ficava mais aquele clima tenso quando saiamos.

            E eu acho que era justamente por a amizade deles não ser mais a mesma coisa que meu namoro estava indo para o espaço. O clima tenso com a desconfiança de Pedro sempre rolava. E isso como já disse é uma coisa que o Arthur nunca aceitou, e as indiretas de Pedro o deixavam mais furioso ainda.

            Apesar de saber que ele realmente gostava de mim, ele estava se afastando cada vez mais. E o que mais me incomodava era saber que ele não estava totalmente feliz. Ele tentava fazer tudo pra me agradar, me tratava com o maior carinho do mundo, e me magoava bastante vê-lo daquela forma, parecia até que estava comigo por obrigação, e definitivamente não era isso que eu queria.

              As férias se aproximavam, e diferente do ano passado, Arthur não queria viajar com a gente. Ele iria pra casa dos tios no interior. Fiquei totalmente acabada quando ele me disse isso, era como se ele dissesse que não me queria por perto. Aquela situação já estava me matando, e faltando dois dias apenas para viajarmos tentei resolver da maneira que julguei mais correta naquele momento...

            - Não Lu, eu vou pra casa dos meus tios, eu prefiro assim – ele tentava me convencer.

            - Mas Thur, por favor! – eu implorava pra ele ir com a gente.

            - Pequena, eu já decidi, é melhor assim – ele falava colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e fazendo carinho em meu rosto.

            - Arthur, eu sei que você não está mais feliz ao meu lado, imagino que a culpa disso tudo nem seja nossa, mas não posso te prender ao meu lado desse jeito – meus olhos já transbordavam de lagrimas a essa altura.

            - Para Lua, você não está me prendendo. Até concordo que não estamos tão bem quanto antes, mas a gente se gosta, e é isso que importa – ele me abraçava, mas eu logo me afastei.

            - A gente se gosta realmente, mas não está sendo o suficiente. Não da pra ficar desse jeito – ele tentou me interromper, mas ao abrir a boca eu encostei o meu dedo clamando por silencio e continuei – Espera, me deixa terminar. É melhor a gente dar um tempo e ver como as coisas ficam. Não aguento mais ver você de cara fechada, é ruim pra mim também. Parece que estou obrigando você a ficar comigo.

            - Lua, por favor, não faz isso. Sabe que não estou com você obrigado, pelo contrário. Eu preciso de você perto de mim – ele falava triste, os olhinhos brilhavam, mas eu não poderia deixar aquilo me convencer, tinha que levar aquela decisão até o final.

            - Não Thur, vamos dar esse tempo pra gente. Talvez as coisas melhorem, ou talvez a gente enxergue que realmente não dar mais certo – eu tentava me manter forte, mas sentia um nó fechando minha garganta – E também vem às férias, cada um vai pra um canto. A gente já vai ficar “separados” mesmo.

            - Luinha, não é a mesma coisa e você sabe. Vai ser horrível ficar longe, pensando em você numa praia solteira – ele falava ainda triste e eu me segurei pra não rir do ciúme dele.

            - Só vejo duas alternativas pra isso – falei séria, não sei se isso vai dar certo ou vai dar merda, mas eu tenho que tentar – Ou a gente dar esse tempo cada um em seu canto e no final das férias a gente conversa, ou então você viaja com seus amigos e comigo, mesmo como sua amiga, e a gente da um tempo estando no mesmo lugar.

            - Lua, isso não vale – ele já dava um sorriso torto, mas continuava com os olhinhos tristes – Você acha mesmo possível viajar com você como amiga?

            - É pegar ou largar. Não dar pra gente continuar desse jeito, fingindo que está tudo bem quando na verdade não está – meu semblante triste voltava a tomar conta de mim, era horrível pensar nisso.

* * *

Continua..