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20/08/2012

"Contato Imediato"

                                         Capitulo 16
       
                      



Dezesseis  

O corpo dele. O cheiro dele. Tudo. Era tóxico, poderoso e estava me deixando em brasa. Eu já havia admitido que o queria desesperadamente e estava completamente alheia ao que viria depois. Eu sabia que não teria futuro, em breve eu nem lembraria que estava nos braços de quem eu estivera. Mas no momento eu me lembrava. De tudo, o corpo molhado colado ao meu, pesado de tantas roupas pelas quais eu estava ansiosa em tirar. O seu perfume me asfixiava com uma luxúria quase líquida, ele estava sobre mim, o rosto a uma distância considerável para que ele pudesse olhar em meus olhos.
 
Eu não me fiz de rogada, olhei no fundo de seus olhos castanhos e fiquei completamente hipnotizada, como acontecia cada vez em que eles se encontravam. Dessa vez eles não expressavam arrogância, egoísmo nem nenhuma das expressões que eu sempre via neles, e que por mais que eu odiasse, ficava cativada. Dessa vez as profundezas cor de chocolate eram famintas, desejosas, e eu tinha a mais completa certeza de que meus olhos espelhavam as mesmas coisas. Eu o queria. Completamente. Imediatamente.
 
Inclinei-me para trás, ficando quase sentada no monte de feno, enquanto o corpo de
 Arthur seguia o meu como se tivéssemos um imã que nos impedia de desgrudar apenas um milímetro de nossos corpos. Minha cabeça se mexeu mais pra perto da de Arthur e brinquei, roçando meu nariz no seu; com um gesto impaciente, ele tomou minha boca num beijo alucinado, enquanto inclinava meu corpo novamente, me deixando deitada mais uma vez e se encaixando em minhas pernas meio abertas. 
Se uma palavra pudesse descrever como nossos corpos se encaixavam um sobre o outro, essa palavra seria perfeito. Era quase como se fossemos a mesma peça, quebrada e enviada uma para cada lado da galáxia para depois se reencontrar e se encaixar de novo. Como deveria ser.
 
- Isso é um contato imediato? – ele brincou enquanto suas mãos me puxavam para si. Eu ri e acenei com a cabeça. Não queria interromper aquilo para perguntar à
 Mel, mas eu suspeitava que fosse. Um dos mais altos graus de contato. Eu queria poder dizer que era amor, mas eu mesma sabia que se o fosse, seria apenas de minha parte. – Um contato imediato de todos os graus. Todos. 
Ele deslizou o rosto sobre o meu e parou com a sua boca em minha orelha e sussurrou em meu ouvido que ele faria com que alcançássemos todos os graus de contato possíveis. E eu sabia que ele era capaz disso. A sua voz rouca era sedutora e cheia de promessas. Promessas que mesmo sem precisar dizer nada, eu sabia que ele iria cumprir.
 
As mãos dele estavam firmes em meus quadris, puxando-os na direção de sua pélvis, me permitindo sentir o quanto ele estava excitado com todo o nosso interlúdio.
 Arthur levou uma mão aos meus cabelos, puxando-os de um jeito não doloroso, mas firme e que me enlouqueceu mais do que eu já estava enlouquecida. E se já não fosse o bastante para tirar completamente a minha sanidade, Arthur aproveitou que meu pescoço estava revelado e o beijou ao seu bel-prazer. 
-
 Arthur... – gemi enquanto tentava buscar oxigênio. Os seus beijos estavam descendo para o meu colo e subindo novamente, o que fazia meu coração disparar e minha respiração falhar. E então, pensei que eu iria morrer quando os seus dentes perfeitos morderam delicadamente a pele do meu pescoço, lambendo em seguida o local, despertando sensações ainda mais animalescas em meu interior. 
- Continue gemendo o meu nome desse jeito e eu não vou me controlar.
 
Imediatamente, a sua boca sugou o meu pescoço de um jeito mais ávido e eu quase desmaiei, tentando me lembrar de todos os sonhos com
 Arthur e a alucinação do carro e percebi que a realidade era milhares e centenas de vezes melhor. Sonho algum seria capaz de reproduzir tal calor, tal febre. Tal desejo. 
Desejo esse que aumentava de acordo com a sequência de beijos que
 Arthur destribuía em meu corpo, sugando as gotas de chuva de minha pele. Minha vontade por ele estava aumentando numa escala desalentadora. Eu me sentia perdida. Mas ao mesmo tempo tão segura por estar em seus braços que desisti de entender qualquer coisa a não ser os sinais que meu corpo enviava para meu cérebro pedindo por mais. Mais e mais. Era a única coisa que passava pela minha mente no momento, e exatamente por isso, levei minhas mãos para a gola da camisa de Arthur e o puxei pra mim, já arranhando o seu pescoço, fazendo com que fosse a vez dele gemer e suspirar contra o meu pescoço, me arrepiando gostosamente. 
Com um gesto firme, o afastei de mim e voltei a me esticar no monte de feno, ficando sentada enquanto ele ficava apoiado em seus braços, olhando para mim com curiosidade, se perguntando o que eu iria fazer.
 
-
 Arthur, vamos lá, leia a minha mente e descubra o que eu vou fazer! – eu disse sorrindo, querendo brincar um pouco. Eu estava a ponto de bala, mas mesmo assim, eu ainda queria brincar com o autocontrole dele, tanto ou mais quanto ele brincou com o meu durante todos aqueles dias. Sabia que ele não podia ler mentes, mas mesmo assim, não pude resistir à brincadeira. 
- Não vai fazer nada. – ele cansou de me puxar de volta para o feno e se levantou, me puxando com ele e me jogando na parede, pouco se importando se aquilo doeria ou não. Não estávamos ligando para dor. Apenas para a satisfação. – Não estou em condições de me segurar por muito tempo. Essa brincadeira já durou tempo demais.
 
E de uma maneira sensual e masculina, ele segurou uma das minhas pernas, colocando-a na sua cintura e deslizou sua mão pela minha perna coberta pelas calças molhadas, apertando-a toda e chegando ao meu quadril, repousando-a a ali enquanto mordia meu pescoço com mais ferocidade, deslizando seus lábios mais para baixo até chegar à barra do meu suéter.
 
Sentindo o prazer alucinado e apressado dele, imediatamente levantei os braços para que ele tirasse o meu suéter e tivesse livre acesso ao meu colo. O que ele fez rapidamente, com um pouco de dificuldade por estar molhada, mas
 Arthur não se importou com a dificuldade, já beijando meu peito e deslizando as mãos para as minhas costas, onde estava o fecho do meu sutiã. 
Eu não queria que aquilo fosse unilateral, então enfiei minha mão pela barra de sua camiseta, tocando sua barriga e subindo por dentro da camiseta até tocar o seu peito firme e quente, que me fez suar de excitação e desejo. Eu queria aquele homem em todas as partes do meu corpo, era a única maneira de eu me sentir completa.
 
Ele arfou e mordeu delicadamente o meu seio por cima do tecido colante e molhado de meu sutiã, demonstrando a tensão que meu toque provocava no seu autocontrole. Ele estava claramente se segurando para não me tomar da forma brutal que ele queria, mas eu não queria pudores, controles ou qualquer coisa do gênero. Eu queria pele na pele. E essa era a única coisa que eu conseguia pensar.
 
- Não se controle,
 Arthur. – eu sussurrei escorregando na parede até encontrar seu ouvido, onde eu sussurrei rouca e sedutoramente, tanto que nem me reconheci. – Mostre-me o que você pode fazer, mostre-me quem você realmente é. 
Ele ergueu os olhos pra mim e riu com gosto, tornando o seu rosto muito lindo e irresistível.
 
- Tem certeza? – ele riu mais uma vez.
 
- Absoluta. – Jesus! Aquela não era eu. Ou na verdade, finalmente aquela era eu. Finalmente eu estava me sentindo mulher, completa e satisfeita em seduzir um homem tão deliciosamente perfeito como
 Arthur e saber que ele me desejava também me deixou ainda mais contente. 
Arthur puxou meu cabelo mais uma vez e me jogou contra a parede, abrindo o zíper do meu jeans e abaixando a minha calça com uma rapidez impressionante, sem se importar com mais nada a não ser nossas necessidades. Não precisou de muito e ele abaixou o zíper da sua também, puxando-me para o seu colo, erguendo minha perna para a sua cintura mais uma vez, facilitando a entrada de seu membro em meu corpo. O que me esquentou por inteira.
 
Eram tantas sensações juntas, me inundando que eu fiquei perdida. Eu queria rir de felicidade por finalmente ter encontrado o encaixe por qual eu procurava a minha vida inteira, se antes eu já pensara que éramos partes separadas da mesma peça, agora eu tinha certeza. Ele viera de um outro mundo, de um lugar longe demais para que eu sequer pudesse pensar que existira e me mostrara que eu era incompleta.
 Arthur era a parte que faltava em minha vida. A parte que eu sublimara por tempo o bastante para acreditar que não estava vazia. Mas estava. 
Eu precisava dele mais que tudo, gritava enlouquecida com a dimensão do prazer que ele me proporcionava ao invadir meu corpo com rapidez e firmeza, enlouquecendo meus sentidos e fervendo todo o meu sangue. Balancei a cabeça, jogando os cabelos para o lado, tentando de uma maneira falha diminuir o calor que abrasava meu corpo.
 
Deus! Eu necessitava de mais. Havia alguma maneira de ter mais? Eu não sabia, tudo o que eu sabia que bastava eu pedir por mais e seria isso que
 Arthur me daria. Eu não pediria amor, sabia que isso nunca seria me dado. Não poderia pedir para ficar com essa lembrança deliciosa e excitante. Mas ainda podia pedir mais. 
E foi o que eu fiz, gritando por mais, sendo prontamente atendida com mais investidas contra o meu corpo enquanto a sua boca se descolava de meu pescoço para o meu seio esquerdo, já que ele havia erguido o sutiã apenas o suficiente para a sua boca quente e úmida acariciar meu mamilo. Primeiro com beijos, depois com mordidas e finalmente com sugadas que elevaram o meu prazer a níveis irracionais.
 
Eu não sabia o que estava fazendo. Minha mente era um misto de sensações e pensamentos que pareciam não fazer sentido nenhum entre si. Eu estava me entregando a um alien, absorvendo todo o prazer que ele me dava de uma maneira nova e gostosa que eu nunca pensei ser possível.
 
Perplexa. Eu deveria estar perplexa de estar transando com um alien, comprometido ainda por cima, mas no momento tudo que poderia me descrever era alucinada.
 
Minha voz rouca pedia por mais e mais, e ele atendia aos meus desejos investindo o seu corpo contra o meu numa velocidade quase sobrehumana que me fazia fechar os olhos e gemer, gemer e gemer.
 
-
 Lua... – a voz dele estava arrastada e parecia sair com dificuldade de sua garganta. – Mra T Nhé, Lua. Dsu bia nokena. 
- O que isso significa? – perguntei com a boca em sua orelha e puxando o seu cabelo lindo e indefinido com vigor.
 
- Significa que eu nunca vou deixar você.
 
Ele me deixaria. Eu sabia, mas não queria pensar no futuro agora. Uma sensação da mais pura satisfação tomava conta do meu corpo com uma força grande demais para que eu pensasse em outra coisa a não ser transportar aquela mesma sensação para o corpo de
 Arthur, e por isso, comecei a fazer movimentos de sobe e desce contra o seu corpo, enquanto ele gemia angustiado. 
Eu sabia o que estava acontecendo. Ele estava quase chegando ao mesmo ápice do prazer ao qual eu estava chegando. E naquele momento, nossos movimentos entraram numa sincronia perfeita, como se fossemos um só. Uma unidade vinda de pólos distantes que se completavam numa mágica comunhão. Ou algo tão estranho e meloso quanto isso.
 
Com uma investida final e um uivo animal,
 Arthur chegou ao seu ponto alto, enquanto eu virei os olhos e gemi longamente, sentindo toda o meu prazer explodir como uma garrafa de champanhe. 
Agarrei-me a
 Arthur enquanto meu corpo ainda se convulsionava em espasmos e ele segurou meu rosto na frente de seus olhos, mantendo um contato visual quase inquebrável. 
- Essa memória não vai ser apagada. – ele disse enquanto olhava em meus olhos com firmeza e determinação, despertando mais calor em meu corpo. E antes que eu perguntasse por que ele manteria tal lembrança em mim, ele mesmo respondeu. – Sou egoísta demais para permitir que só eu me lembre do melhor momento da minha vida.
 
- Com uma terráquea. – eu brinquei.
 
Arthur virou a cabeça, rindo enquanto me pegava no colo e se sentava no monte de feno, sem ligar de estarmos molhados pela chuva e colando de suor. Uma sonolência gostosa me abateu enquanto ele se acomodava, apoiando as costas na parede e me aconchegando contra seu peito. Eu ainda sentada em seu colo, de frente para ele, arrumei meu sutiã, pouco me importando em vestir o suéter, que estava molhado mesmo, e o abracei, encontrando uma posição confortável para descansar.
 
O sono e o cansaço pela nossa “atividade física intensa” fizera com que a trava entre meus pensamentos e minha língua que merecia ser arrancada a dentadas por ser tão comprida, fosse derrubada.
 
- Eu queria poder ser sua mrakni. – disse entre um bocejo e outro enquanto tudo ficava confortável e o sono vinha rapidamente. – Mas isso não existe, não é?
 
Eu imaginava que o que viera a seguir tenha sido parte de um sonho, afinal, só em um sonho eu poderia pensar ter ouvido
 Arthur dizer que sua mrakni estava em seus braços. Como deveria estar. Como ele faria ser para sempre. 
Em algum momento do meu sono,
 Arthur nos deitou nos montes de feno de um jeito confortável e quente. Além de ter trocado nossas roupas molhadas, evitando que ficássemos doentes e atrasássemos ainda mais a viagem. Que, pelas minhas contas já estava mais que atrasada. Não me senti desconfortável ao saber que ele me trocara. Havíamos tido uma espécie bem mais carnal de intimidade mais cedo para que eu desse falsos ataques de puritanismo sem sentido. Na realidade, eu até gostara de saber que as mãos de Arthur estiveram em meu corpo mais uma vez. 
E em algum momento do sono de
 Arthur, eu acordei, sentindo toda a realidade me acertar como um trem. Uma Maria Fumaça deprimente e desgovernada. Com uma dificuldade inesperada, me desvencilhei do abraço de Arthur e afastei-me dos montes de feno buscando ar puro, ou sem o perfume de Arthur, um tóxico muito poderoso que afetava cruelmente a minha capacidade de decidir e pensar em qualquer coisa. 
Pé ante pé saí do estábulo à procura de
 Mel e Chay, encontrando-os enrolados a uma manta velha, numa construção menor ainda que o estábulo, mas que parecia em melhores condições. 
Era mais que óbvio que sob aquela manta,
 Chay e minha melhor amiga estavam nus, depois de ter feito provavelmente a mesma coisa que eu e Arthur. Rindo da felicidade de Mel, que agora não precisaria mais ler horóscopos do amor pra saber se teria uma alma gêmea num futuro próximo, me sentei sob o último espaço na entrada da casa grande que ainda era coberto por telhas. A chuva não estava tão forte mais, porém ainda caía, escondendo o céu numa grande massa cinzenta e fria, só me fazendo saber que o amanhecer estava próximo porque tinha um relógio. 
Com os olhos voltados para o céu, soltei um suspiro frustrado, tentando fazer todos os pensamentos e sensações dentro de mim se organizarem de uma forma lógica, ou minimamente coerente. O que, claro, não aconteceu. E eu sabia que se acontecesse, seria apenas quando a presença de
 Arthur não fosse uma realidade em meus dias. 
Se fosse organizar meus pensamentos por prioridade, era triste admitir, mas o primeiro da lista, antes mesmo de levar
 Chay e Arthur para Wyoming, era encontrar uma solução para aquele amor infundado. Eu sabia que dormir com ele, depois de saber que sua noiva estava na Terra, tinha sido um dos meus maiores erros. E uma péssima maneira de tentar tirar ele da cabeça. Como se tudo isso não bastasse, ainda éramos procuradas pela polícia. O que mais faltava acontecer? Allie aparecer naquela fazenda no meio do nada de Illinois? 
Respirei fundo, tentando pelo menos entender o que deveria fazer primeiro. Eu havia dormido com um alien, contrariando tudo o que eu estava determinada a fazer. Eu deveria esquecê-lo e levá-lo para encontrar sua noiva, a mulher que era escolhida para ele, mas ao contrário disso, eu gemera e quase morrera de prazer e êxtase em seus braços. Eu era louca?
 
De repente fui pega por um tipo de flashback onde eu me lembrei de todos os momentos em que minhas mãos estavam no corpo de
 Arthur, coisa que eu não prestara a mínima atenção no momento, me preocupando muito mais com o calor que exalava dele. Aquele calor era sobrenatural e contagiante, e no momento eu estava pensando mais em não morrer em seus braços de tanto prazer do que memorizar cada momento para me lembrar mais tarde. 
- Bom dia. – escutei a voz da minha melhor amiga ao meu lado. Logo
 Mel sentou-se e mexeu seu quadril para eu ir mais pra perto da parede e dar espaço pra ela. Mel estava novamente vestida com uma camisa masculina e dessa vez enrolada na manta, o que me fez pensar no que Chay deveria estar vestindo. Provavelmente nada. – Na verdade, pelos uivos de ontem, ou os lobos de Illinois estavam contente, ou a sua noite foi maravilhosa. 
Se existia uma capacidade de
 Mel que ela nunca perderia, era a capacidade de me deixar completamente vermelha e sem graça. E ela parecia gostar bastante disso. 
- Bem... – gaguejei. – Foi uma boa noite sim. – e consegui ficar ainda mais vermelha, sentindo meu rosto praticamente queimar.
 
- Vamos falar a verdade,
 Lua, com esses caras nada é apenas “bom”, é sempre de esplêndido pra cima. Os orgasmos que Chay me... 
Limpei a garganta impedindo
 Mel de continuar e ela me deu um sorriso amarelo que eu retribui com um uma risada. Ela era realmente louca. 
-
 Mel, eu não podia ter feito isso. Eu sou uma terráquea, ele é um extraterrestre, e além de tudo isso, ele é compromissado. 
Mel olhou para a chuva escorrendo em seu carro enquanto pensava no que responder a mim. O que ela fez logo em seguida:
 
- Quanto ao compromissado, eu não sei nada sobre isso. Ainda não sei como será com
 Chay e a sua noiva, apesar de, por direito, ele poder largá-la porque eu sou a mrakni dele. – ela revirou os olhos e me encarou – É como Lois Lane e o Superman, sabe? Um amor além das estrelas, onde ele sabe que ela é terráquea, ela sabe que ele é um alien, mas isso não muda nada. 
Ela estava contente por ter encontrado aquela comparação tão estranha, e eu olhei para o seu rosto espantado com o tanto de besteira que
 Mel conseguia dizer. 
- Não.
 Arthur está longe de ser o Superman. – eu ri como uma louca – Ele não voa, tem olhos lindos, mas não queima nada com eles – a não ser o meu corpo quando ele o percorria com suas íris chocolates, mas preferi não incluir isso – e ele nem é tão forte assim. 
- Mas é um alienígena gostoso como o Clark Kent e, falando sério,
 Lua, do jeito que ele olha pra você, ele só pode ter uma visão de Raio X muito boa. 
Eu quase morri de rir depois do que ela disse, e logo não estávamos mais rindo sozinhas na pequena varanda coberta. Vestido com uma calça jeans apenas e acompanhado por
 Arthur, que nunca me parecera tão lindo com os cabelos despenteados, Chay deu um abraço em Mel, me apertando contra a parede, buscando espaço para começar a usar suas mãos de polvo descontrolado em seu corpo. 
Logo uma das mãos de
 Arthur segurou a minha e me puxou para ele, eu desviei o rosto com um sorriso envergonhado, sentindo todas as minhas terminações nervosas vibrarem apenas com o calor dele. 
Como diabos eu queria esquecê-lo, se mal conseguia lidar com as suas variações de humor? Ele foi até o meu ouvido e sussurrou algumas palavras em nells que eu não entendi, mas que me arrepiaram por inteiro. Não eram o significado das palavras, era o tom da sua voz, o seu sotaque que parecia russo ou qualquer língua escandinava. Algo sensual e masculino. Poderoso, para melhor descrever.
 
Meu corpo inteiro tremeu e de repente
 Chay se levantou de uma vez, ao mesmo tempo em que Arthur se afastava de mim, quase me derrubando, já que eu estava apoiada em seu corpo. Os dois olhavam na direção do carro com um olhar estranho, e quase inconscientemente os meus olhos se fixaram numa figura que se aproximava, completamente molhada, na direção de onde estávamos. Meu coração palpitava enquanto eu esperava que ela não fosse quem eu pensava que fosse. 
-
 Arthur! – ela correu para a pequena varanda e se jogou nos braços de Arthur com um grito estridente. Logo depois olhou com um sorriso enorme nos lábios para Chay e fez um gesto com a mão no peito para ele, que a reverenciou e depois apertou sua mão. 
Eu olhava atônita para aquele cover orado de Jennifer Aniston, enquanto
 Mel fazia o mesmo ao meu lado, com uma grande carga de curiosidade e ciúmes. Eu queria pensar que ela não era quem eu pensava que ela fosse. Mas a voz de Arthur dura me fez voltar à realidade e senti os pedaços colados de meu coração se espatifarem mais uma vez quando ele apresentou. 
-
 Lua, Mel, essa é Allie. Minha noiva. 
Allie. A vencedora de um jogo que eu nem sabia jogar e já havia perdido o premio principal: O coração de
 Arthur. 

Amei os comentários, da última postagem... Beijos!

23 comentários:

  1. eu estou adorando a web novela contato imediato, mas o arthur nao vai ficar com a lua, eu nao gostie, posta mais.

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  2. ++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  3. Posta mais por favor, quero saber oq vai acontecer!

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  4. Eu to chorando,estou mto triste.Caramba,não acredito que ele vai deixar a lua pra ficar com essa sem-sal. ECA ! POSTA MAIS POR FAVOR NÃO DEMORA A POSTAR!

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  5. posta mais estou amando esta web!

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  6. Jesus amadinho! Quero muito mais! Amando

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  7. POSTA MAIS ESTOU SUPER ANCIOSA!

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  8. Ah,chorei muito com este capítulo! quero mais por favor! AMO ESTÁ WEB!

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  9. http://web-luar-amoryfoto.blogspot.pt/2012/05/nova-web-amor-e-fotos.html

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  10. por favor nao demora a postar pf, pf, pf, pf!
    serio essa web ta a cada cia melhor!!!!! parabens!!!

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  11. [aa] Ja Vi Que Vou Chora No Final!

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  12. Posta por favor não demora! amo mto mto mto esta web é a MELOR que eu já li!

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  13. esta web ta ótima posta mais ! não demore:(

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  14. Posta mais por favor estou super hiper mega curiosa e anciosa!

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  15. Posta maais estou mais lucy do que a lucy com está sua demora de postar!

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  16. Posta mais por favor estou morrendo de curiosidade!

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  17. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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