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07/08/2012

"My first love"



Capitulo Especial 7 e 8


            - Eu posso saber por que você demorou tanto? – ela me perguntava com a voz doce de sempre enquanto eu voltava pro quarto e vestia minha roupa.
            - Nada que eu fale vai justificar ter estragado tudo. – não me conformava, porem me sentia mais aliviado por ela não chorar mais.
            - Por que demorou? – ela insistiu.
            - Fui dar uma carona pro Chay e na volta peguei transito por causa de um acidente, meu celular descarregou e nem tive como te avisar. – falei de uma vez, sei que não era o suficiente pra reverter nada, mas ela queria saber.
            - Queria te dar a noticia de forma diferente – voltava a surgir uma lagrima no rosto dela, e aquilo me partia o coração mais uma vez – Mas espero que tenha gostado mesmo assim.
            - Gostado? Minha pequena você sabe que ser pai é meu maior desejo. Só não aceito o fato de ter feito você sofrer assim. – me expliquei.
            - Fiquei realmente triste por não ter saído do jeito que eu esperava, mas compreendo o porquê de ter demorado tanto. – ela falava já mais calma.
            - Me perdoa vai?!
            Ela não me respondeu, apenas me permitiu selar os nossos lábios, logo abrindo passagem pra um beijo mais profundo. Aquele beijo ainda me causava arrepios, me causava felicidade, uma sensação de que ela me completava, de que era tudo pra mim. E agora além de minha pequena, minha mulher, era mãe, mãe do meu filho. Ficamos mais algum tempo ali nos beijando e abraçados, como se o tempo tivesse parado. Ouvi um pequeno ruído e percebi que ela também ouviu. Ela então vira pra mim com a cara mais inocente do mundo de criança que aprontava.
            - Acho que eu tô com fome. – falou rindo.
            - Fome? Luinha, já são quase meia noite. – questionei-a.
            - Pois é, digamos que o meu almoço não durou muito tempo no meu estomago, e eu estava te esperando pra jantar comigo.
            - Você quer matar meu filho de fome? – não era possível que ela não tinha comido nada.
            - Calma Arthur! Não precisa gritar comigo. – ela falou manhosa e eu logo me levantei a puxando pela mão.
            - Vem, alguma coisa você vai comer.
            Descemos e acabamos jantando, não com o romantismo esperado, mas com o mesmo amor. Felicidade me transbordava, queria sair gritando, mas aquela hora da noite não me permitia. Durante o jantar nós conversamos, ela me contou tudo que aconteceu naquele dia, e contou da decisão de tentar engravidar pra me surpreender. Eu tinha com toda certeza a melhor mulher do mundo.
            Os dias se passaram, nossos amigos estavam todos contentes com a noticia, eu e minha pequena éramos só alegria.
            Certo que segundo ela eu estava meio neurótico com a situação. Mas isso tudo era porque eu não podia nem pensar em acontecer alguma coisa com meus amores. Graças a Deus a gravidez da Luinha seguia tranquila, sempre acompanhada pela médica mais atenciosa do mundo – minha irmã – que também aguardava ansiosa o primeiro sobrinho. Isso mesmo. Era um menino, que com certeza seria lindo como minha pequena.
            Com o passar dos meses, Lua se afastou do trabalho, pois se aproximava dos nove meses, e com isso passava a maior parte do tempo em casa, paparicada por minha mãe ou minha sogra. Duas vovós babonas.
            Mas isso também a deixou mais nervosa que o normal. A carência dela era intensa. O dia que ninguém vinha passar a tarde com ela enquanto eu trabalhava era visível a irritação quando eu chegava. Se ela soubesse que eu a achava ainda mais linda assim, era capaz de me matar.
            Mas tudo correu muito bem. No grande dia, fui pego de surpresa. Estava voltando pra casa quando encontro minha mãe correndo com Lua pra dentro do carro.
* * *










Capitulo Especial 8

            - Ei! Vai sequestrar minha mulher? – falei brincando ao perceber que estavam calmas.
            - Arthur, seu filho vai nascer, da pra parar de brincadeira pelo menos agora? – minha mãe me respondeu um tanto quanto brava.
            - Nas... Nas... Nascer? – me faltou chão.
            - Sim Thur, ou você achava que a cegonha iria trazer ele e colocar na sua porta? – Lua falava com ironia.
            Não conseguir me movimentar. Até minha mãe acomodar Lua no carro e me puxar pra adentra-lo também.
            Ao chegar ao hospital, Melzinha já tinha sido avisada, e eu é que estava mais tenso que Lua.
            - Arthur, ou você se acalma, ou não vai poder acompanhar o parto. – Mel me avisava, e eu logo me acalmei.
            Nossos amigos já se encontravam todos ali, Chay, Mica, Peu, Gabi, Soph, os pais da Lua. Todos me desejando sorte e avisando que tudo ficaria bem.
            Entrei naquela sala fria e tensa demais pro meu gosto. Detesto hospital. Mas acompanhar aquele momento da minha pequena foi inesquecível, ver meu garotão nascendo é uma imagem que nunca esquecerei.
            Durante os primeiros meses foi difícil controlar minha superproteção. Me sentir o Pedro. Sem contar que tinha que disputar a atenção da Lua com o Rafael.
            - Vem meu príncipe, para o colo da mamãe. – Lua falava tirando Rafael do berço.
            - É, até pouco tempo príncipe aqui era só eu. Perdi meu lugar. – Falei deitado na nossa cama cruzando os braços frente ao corpo.
            - Príncipe agora só o Rafa, não é meu bebe lindo – ela falou se sentando com ele no colo do meu lado e fazendo voz de criança.
            - E eu? – falei manhoso.
            - Umm! Não sei, tenho que pensar...
            - LUA!
            - Arthur... Não grita! – ela falou começando a rir de mim – Eu não estou nem acreditando que você tá com ciúmes porque eu chamei nosso filho de príncipe.
            - Quero atenção, tô carente! – resmunguei.
            - Amor, não faz assim né! Eu sou só uma, e tenho dois príncipes pra cuidar – falou com aquele sorriso mais lindo.
            Nossa vida estava maravilhosa. Minha mulher que eu amo cada dia mais linda, a gravidez fez um bem pra ela – risos – meu filhão cada dia mais parecido comigo.
* * *
Continua...

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