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06/07/2011

Teen Angels em matéria da revista Caras Brasil

 

Enquanto alguns imaginavam como seriam os “cinco minutos de fama”, a vida tratou de mostrar o trabalho que precisava ser feito no dia a dia. Gravações, ensaios, sessões de fotos, viagens, turnês e provas de roupa se converteram em rotina. Todo um mundo de adrenalina que, no caso, tornou a fantasia uma realidade.

Seus rostos se acumulam nos posters que, hoje, decoram milhares de dormitórios de adolescentes e, contudo, logo após o êxito de Casi Angeles – a atração que os fez transcender além da telinha – os TeenAngels dizem que esse turbilhão de emoções chamado “popularidade” jamais os deixou cegos. Seja porque nem sempre foi fácil nem inesperado, ou porque tiveram que trabalhar bastante para chegarem até aqui. E assim parece ou se percebe ao escutá-los descrevendo sua experiência, em pleno contato com a natureza em Angra dos Reis, que propicia o bate-papo mais intimista, longe de qualquer parafernália pop.

“Isso é o que temos para dar. Somos autênticos e fieis à nossa essência. Não buscamos ser um grupo de personagens porque, com o tempo, isso falha. Inventar estereótipos lhe gera tristeza. Então, a felicidade está em nos aceitarmos com nossos defeitos e virtudes. Se nos olhar em cima do palco, não somos cinco estrelas, nem somos todos iguais. Cada um tem suas coisas individuais e, juntos, somos uma outra coisa”, diz Gastón Dalmau (27), enquanto caminha pela praia na Ilha de CARAS. “Queremos manter a naturalidade. Cada um de nós sabe que sempre terá o outro para ajudar”, explica Rocío Igarzábal (21), ou, simplesmente, “Rochi”, como é chamada por seus companheiros a última a integrar o grupo.

“Não se trata de ser demagogo. Nós damos uma mensagem, e queremos que ela seja colocada em prática”, acrescenta Peter Lanzani (20), embora seja Nico Riera (25) o mais enérgico na hora de se esclarecer. “Não queremos ser exemplo de nada. Somos assim e assim vivemos a vida. Se a nossa experiência serve a alguém, que aproveitem”, sentencia o mais inquieto dos TeenAngels e atual participante do programa Bailando por um Sueño, da TV Argentina. Todos eles, junto a Lali Espósito (19), acreditam que a série criada por Cris Morena não poderia ter tido um final melhor para, assim, continuarem com a banda, o que mais entusiasma a todos.

É por isso que Teen Angels acaba de lançar seu novo disco, dias depois de terem divulgado o clipe do single Que Llegue Tu Voz. Além disso, o grupo anunciou shows na Argentina a partir de 8 de julho.

Agora que já não fazem mais TV, quanto da rotina de vocês mudou?
Lali Espósito: Muito! Agora tem tempo pra tudo (risos). Não sou uma grande pintora, mas gosto de dar de presente os quadros que eu faço. Sei que os amigos não vão me criticar. Mas está bom ficarmos um pouco mais relaxados.

Peter Lanzani: Temos mais tempo para ficar com a família, os amigos e para estudar, no meu caso, canto e piano.

Gaston Dalmau: Foram quatro anos sem parar. Quero viajar para Nova York e morar um tempo lá.

Como resumiriam a experiência de terem ficado juntos tantos anos; ficaram amigos?
P.L.: Somos muito simples e estar no dia a dia juntos faz com que, depois, continuássemos nos vendo. Ficamos muito amigos. Saímos para comer, para dançar. Nos tornamos um grupo muito unido e isso acontece porque aprendemos a nos complementar.

Vocês recebem muito carinho do público (e, com isso, seus fã-clubes no Brasil souberam que visitariam a Ilha de CARAS), mas é o seguinte: quem vocês elegem na hora de amar, de viver a vida a dois?
L.E.: Aconteceu que fomos crescendo e nos descobrindo como pessoas. E esse processo, eleger uma pessoa amada, muitas vezes se torna difícil. Vivemos coisas muito intensas com este trabalho. Quando atuávamos era muito complicado amar e oferecer carinho a outra pessoa. Seu parceiro pode estar ligado a você, mas a questão é que talvez não possa retribuir como merece. Mas, às vezes, não dá para saber se as pessoas se aproximam de você por conveniência, é muito feio pensar isso, mas acontece.

R.I.: Exatamente. Não sabe se chegam perto porque é linda e ponto ou porque tem algo a mais. Sair e conhecer garotos custa um pouco mais. Talvez você acaba ficando dentro do próprio círculo e dá medo de se abrir.
Mas com os anos vocês superaram isso?

L.E.: Não, eu diria que cada vez fica mais difícil. É que, quando a gente é mais nova, não é tão consciente e, se gosta de alguém, não pensa tanto. Daí, você acaba ficando mais séria, pensa em namorar e, com o tempo, formar uma família.

Nico Riera: Comigo acontece exatamente o oposto (risos de todos). Eu creio naquilo que sinto e vivo o que acontece no momento. Posso estar errado, mas acredito que se senti estar com determinada pessoa, tenho que tornar isso incrível. Talvez eu seja muito mais inconsciente com as mulheres. Se gosto de uma garota, a convido para sair sem me importar com nada.  Adoro sair com alguém, me divertir e pronto, desfrutar sem tanta análise do que digo ou não, do que vai acontecer amanhã. Vamos comer algo bom e pronto!

R.I.: É que para as meninas é muito mais difícil. Me custa me livrar dos preconceitos.

L.E.: Eu sou muito reservada. Sou complicada para escolher uma pessoa. Penso muito.

G.D.: A questão é crescer e se descobrir. Saber o que quer e estar tranquilo tanto quando vive de maneira impulsiva ou quando pensa mais nas coisas. A vida é um aprendizado.

P.L.: Eu, na verdade, não sinto que tenho de buscar alguém. Se acontecer e me chamar a atenção, genial.

Vocês gostam da emoção dos primeiros encontros?
N.R.: Os primeiros momentos com a outra pessoa são os mais divertidos. Como quando existe um mistério e você está esperando desesperado para que te chamem para sair. Esse frio na barriga é genial. Depois de um ou dois anos, as coisas mudam...

G.D.: Mas, Nico, dois anos é pouco tempo! (risos).

N.R.: Mas é diferente. Cada etapa do namoro tem algo de lindo.

L.E.: Como quando você conhece tanto o outro que, só de olhar, já se entendem, isso é divino...

G.D.: Acredito que os tempos mudaram muito e os casais se separam muito mais... Antes, se lutava mais ou se tentava recompor o vínculo. Hoje, já não acontece isso com os casamentos. A sociedade mudou.

N.R.: É que hoje vivemos com mais liberdade. Antes, era preciso casar, ter filhos e ficar com a mesma pessoa a vida toda, sem questionamentos.

Já sofreram por amor?
G.D.: Quando eu era mais novo. Agora que cresci, encaro melhor isso. Acho que a experiência ajuda a evitar sofrimento.

L.E.: Minha mãe sempre diz a mesma frase: “Tudo passa”. Para mim, são palavras muito sábias. É assim no amor. No momento do adeus, você sofre e pensa que nunca mais vai voltar a namorar, mas isso passa e fica pra trás. A dor se vai.

N.R.: Sim, mas quando volta a acontecer, a dor reaparece. Ou seja, sempre se sofre quando se apaixona...

L.E.: Mas, em todo caso, já não é o mesmo. Vai sofrer por outras coisas, não pelo que o fez sofrer antes.

N.R.: Quando há sentimento e a relação termina, você fica mal, sempre.

R.I.: Mas a vida é assim. Você sofre, mas aprende a se valorizar. Essa profissão deixa nossos sentimentos à flor da pele. A gente trabalha muito com as emoções. Isso o predispõe e faz surgir sentimentos extremos. Ou seja, ao sermos artistas, sofremos mais por amor.

Vocês sentem que amadureceram muito com o trabalho?
L.E.: Encontrar a sua vocação é uma benção, ainda mais quando é ainda tão jovem. Tem gente que nasce e morre sem saber o que queria ser. Perseguir um objetivo sempre te faz amadurecer. No meu caso, trabalhar a ajudar minha família me deixou muito mais responsável. Tudo isso muda você. Me sinto muito madura para a minha idade.

P.L.: Amadurecemos e entendemos coisas que outras pessoas de nossa idade ainda não. Podemos falar e opinar com pessoas mais velhas.

N.R.: Comigo não aconteceu a mesmo coisa.

L.E.: Bom, fica claro que Nuco é o “contra” da banda, não? (risos de todos)

N.R.: É que não amadureci tão rapidamente como aconteceu com eles quatro. Sempre soube o que queria e aos 15 anos comecei a atuar, mas não dava nada certo e cheguei a ganhar só 300 pesos por ano.

G.D.: É que, além de tudo, você sofre porque está esperando o telefone tocar...

N.R.: E vai fazer testes e nada acontece. Terminei o colégio e estudei Administração de Empresas. Ou seja, não foi fácil para mim. Isso sim: sempre insisti e, em um momento, a vida me mostrou que se pode conseguir o que deseja. Esse foi meu aprendizado.

Crescer não somente implica em amadurecimento, mas o despertar sexual. Vocês sentem que, agora, seduzem com mais ousadia?
G.D.: Sim, digamos que, agora, conhecemos melhor nossas ferramentas..., e isso nos dá a segurança que pode dar certo na hora de seduzir em cima do palco. Como artistas, experimentamos com as pessoas o que se passa com a gente.

L.E.: Os fãs cresceram com a gente. Mas é louco o que acontece quando atuamos. Você sane que está fazendo algo que teme feito sobre o público. Eu faço um passo de dança sexy porque aconteceu, não porque pensei muito sobre ele. A sedução com o público é como um jogo permanente. Não me dei conta, só um pouco. Nos achamos o máximo para seduzir.

R.I.: O que buscamos com a banda é nos mostrar mais sensuais e adultos. E isso é um desafio porque é preciso se mostrar assim e fazer com segurança. Hoje nos divertimos mais com nossa sensualidade.

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