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10/11/2011

“A mídia tem um papel muito importante”, diz médico sobre doença mostrada em Rebelde

Carla

A novela Rebelde é sucesso entre o público adolescente. Exatamente por isso, temas sérios são tão importantes no programa.

Recentemente os capítulos têm mostrado a luta de Carla, personagem da atriz Mel Fronckowiak, contra a bulimia.
A autora da novela, Margareth Boury, conta que a ideia do programa é mostrar a realidade.

- Estamos escrevendo para todos os "rebeldes", brasileiros ou não. Quando as pessoas sentam na frente da televisão elas querem ver alguma coisa que tenha a ver com elas, gostam de se identificar. Os protagonistas são seis jovens bem brasileiros, que carregarão com eles os conflitos típicos da idade.

Para Marcel Higa Kaio, psiquiatra do Proata (Programa de Assistência a Pacientes com Transtornos Alimentares da UNIFESP) é muito importante que assuntos como os transtornos alimentares sejam mostrados em um programa de televisão.

- Em termos de prevenção é muito importante a divulgação em programas. Está ocorrendo uma mudança na mídia. Além de mostrar a doença, agora já é vinculada toda a medida preventiva. A mídia tem um papel um muito importante para esclarecer sobre o problema, que afeta principalmente os jovens.

Como o problema é silencioso, informações sobre o assunto são um auxílio para quem sofre e para as famílias das vítimas.

Mel conta que conversou com médicos e pesquisou muito sobre o assunto para compor a personagem. A atriz sabe da importância da novela abordar o assunto para quem sofre com o mesmo problema.

- A TV também tem essa função social. É importante mostrar o drama de Carla, pois a bulimia é uma doença muito silenciosa.  Então, mais do que para os jovens, é fundamental para as famílias assistirem à novela e aprenderem como se comportar ao se depararem com a doença.

Kaio explicou ainda que quando o assunto só é mostrado pela mídia, sem explicações e alternativas de tratamento, pode ter o efeitos prejudiciais.

- Já atendemos muitas jovens que disseram que nunca tinham ouvido falar da doença, mas viu uma garota vomitando em um filme e começou a fazer igual.

Buscando ajuda
Os jovens que sofrem da doença muitas vezes se sentem deprimidos e têm vergonha de falar sobre o assunto. Ela surge com uma cobrança muito grande com o corpo, com foco na perda de peso e no medo de engordar.

A adolescente se torna refém da doença.

Os programas de televisão podem ajudar os jovens e a família a identificarem o distúrbio. O conselho do médico é que o adolescente procure ajuda.

- A gente sempre fala que antes de procurar ajuda profissional, a adolescente tem que procurar alguém de confiança em casa para falar sobre esse problema. E depois ir atrás de especialistas.

Mel também tem um conselho para Carla, que se estende para todas as jovens que estão passando por essa barra.

- Olhe para o espelho. Você é uma menina bonita e aceita por todos. Não precisa se maltratar para que as pessoas gostem de você.

Se você está passando por esse problema ou conhece alguém que tem esse problema, uma dica é procurar o Proata. O contato pode ser feito por email proata@psiquiatria.epm.br.

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