Web's Concluídas

15/12/2011

"O Melhor pra Mim"


Capitulo 115


Segunda-feira, dia 16 de Novembro, 14:45, hospital.
Girls:
- Meninas, vou dar uma volta, estou meio nervosa. - menti para Mel e Rayanna, que concordaram.
Depois de zanzar sem destino pelo hospital inteiro eu achei outra sala de espera, com máquinas de refrigerantes e doces. Peguei algumas moedas no bolso e coloquei na máquina, apertando a opção Coca-Cola. Ela pegou meu dinheiro, fez um barulho e nada. Minha Coca-Cola ficou presa.
Não. Aquilo não estava acotecendo. Não mesmo.
Apertei a alavanca para ter meu dinheiro de volta e novamente não fui obedecida.
Tudo! Tudo acontecia comigo! Nada nunca dava certo!
Olhei em volta, não encontrando ninguém por perto. Hospitais eram os lugares mais cheios do mundo, mas quando eu precisava todos pareciam sumir da face da terra. Era tão injusto! Minha vida era tão injusta!
No momento seguinte eu esmurrava e dava chutes na máquinha, sem cessar.
NADA! Nada dava certo pra mim! Meus pais estavam separados, me deixando com aquela eterna culpa, meu pai se importava mais com o seu novo filho do que comigo, minha madrasta era muito mais legal do que eu jamais seria, minha mãe era uma mesquinha hipócrita, meu padrasto talvez nem soubesse o meu nome e meus dois meio-irmãos eram uns imbecis. Minha cachorra só gostava de mim porque eu a alimentava, minhas únicas amigas já estavam de saco cheio do meu mal-humor e da minha frieza, meus amigos - que só eram meus amigos por interessa pela banda - só me suportavam porque estavam namorando minhas amigas e o único, o ÚNICO, cara por quem eu havia me apaixonado na VIDA não se importava nem um pouco comigo.
Mais chutes. Mais socos.
Minhas mãos e meus pés já estava doendo, mas eu não me importava. Eu queria mais era quebrar algum osso pra poder esquecer um pouco da dor emocional que estava sentindo.
E de repente, aconteceu. O que eram… Aquilo eram… Lágrimas?
Eu estava chorando?
Lua Blanco estava… Chorando?
Descontrolei-me. Parei de descontar minha frustração na coitada da máquinha e me enfiei no vão entre as duas. Encostei as costas na parede, chorando, e escorreguei até o chão. Enfiei as duas mãos no rosto, deixando todas as lágrimas que eu não chorei minha vida inteira escorrerem como cachoeiras por meu rosto. Chorei pela separação dos meus pais, chorei por tratar todos tão mal, chorei pela situação miserável em que me encontrava.
Chorei pela minha vida.
Chorei por Arthur.
Chorei por estar apaixonada.
Chorei por ser uma mentirosa.
Simplesmente chorei.
Continua...


Um comentário: