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25/05/2012

"My first love"


Capitulo 7


- Vou precisar repeti, ou alguém vai me responder? – o Pedro gritava sem controle, e como sempre vinha acompanhado pelo Chay, o Mica e mais meia dúzia de puxa saco.
- Calma ai Peu! Eu vi tudo ele só esbarrou nela – chegou a Soph me defendendo.
- Certo Sophia, isso eu sei – falou um tanto grosso – Eu não to entendendo é essa conversinha toda de mãozinha dada, pra que isso em Lua?
- Hãn?! Nada Pedro ele só estava me pedindo desculpa e eu falei pra ir te pedir uma blusa, ninguém merece ficar uma festa inteira sujo.
- Fato! – soltou o Chay – Luinha você estava tão gatinha com esse vestidinho – calou-se ao ver a cara que Pedro fazia pra ele.
- Calma cara, só to tentando quebrar o gelo da situação – Chay se explicava – você sabe que a Luinha é como se fosse minha irmã também.
Sai do jardim em direção ao interior da casa não agüentando mais aquela situação, quando escuto o Pedro me chamar. Virei com uma cara nada boa.
- O que é agora?
- Calma... Pega uma blusa pro Arthur lá pra mim. Tenho que dar atenção aos meus convidados – falou com um sorrisinho safado abraçando uma loira peituda da turma dele.
Esperei o Arthur se aproximar e subimos. Entrei no quarto do meu irmão e ele ficou me olhando tímido da porta. Como ele estava com uma camisa de botão branca e um jeans, resolvi pegar uma camisa parecida do Pedro e o entreguei o mandando entrar pra se trocar.
- Fique a vontade. Ah, quando terminar pode descer e me fazer um favor? 
- Claro – respondeu um pouco tímido ainda
- Avisa a Mel e a Soph que vou demorar um pouco, tenho que praticamente tomar banho – falei apontando pras minhas pernas que estavam todas sujas de coquetel.
- Pode deixar, eu aviso sim, acho que é o mínimo que posso fazer por ter atrapalhado sua festa – falou com um sorrisinho de canto.
- Não foi nada, esquece, eu não tava nem curtindo assim – falei já saindo do quarto.
Fui tomar meu banho e colocar outra roupa. O vestido de antes estava todo sujo e como derramei coquetel minhas pernas estavam grudentas. Aff! Estava parecendo criança lambuzada com doce.
Ao terminar sentei na minha cama e fiquei lembrando aquele príncipe com carinha de anjo todo nervoso e tímido. Comecei a sorrir lembrando quando escuto batidas na porta.
- Lua, Lua – era a voz da Soph – morreu ai dentro amiga?
- Não, já vou abrir – levantei ainda de toalha e fui em direção à porta abrindo-a.
- Ai amiga que show foi aquele do Pedro hein? – nunca tinha visto ele assim por nada.
- Nem fala Soph, mas isso porque você não viu quando fiz uma brincadeira com ele essa semana.
Expliquei pra ela toda brincadeira da proposta enquanto me arrumava novamente. Tive que colocar um vestidinho preto um pouco mais justo e com uns brilhinhos nas alças, estava um pouco arrumado demais para o tipo de festa, mas infelizmente não tinha muitas opções. Foi ai que me dei conta.
- Soph, cadê a Mel? Você a deixou sozinha?
- Não, não ela ficou lá se acabando de rir das piadas do Chay que teima em dizer pra ela que é seu irmão e com o irmão dela, aquele gato – falou revirando os olhos.
Dei risadas ao imaginar a chatice do Chay.
Foi quando a Soph soltou:
- E você se deu bem hein? Foi esbarrar justo no gatão – falou dando risada.
- Nada haver, nem reparei que ele é tão gato assim – Menti, e nem eu sabia por que tava mentindo – Vamos descer logo antes que eu desista dessa festa.
- Ficamos conversando muito, dando risada das meninas oferecidas do 1º ano e daqueles meninos prosas que levavam toco. Ah! E o Arthur e o Chay não saíram mais da nossa mesa.
O Chay por dizer que como o Pedro estava ocupado com alguma peguete tinha que ficar de olho em mim, sendo que ele olhava mais pra Mel do que pra mim. E o Arthur, ai o Arthur! Por dizer que não conhecia muita gente preferia ficar ali parado a esbarrar em mais alguém.
Quase no fim da festa as meninas resolveram ir embora, e junto com elas o Arthur. Sophia foi logo com a tia Branca, e eu fui acompanhar a Mel e o Arthur até a porta onde dona Katia esperava por eles.
Despedi da Mel com dois beijinhos no rosto e um super abraço e ela saiu correndo em direção ao carro dizendo está com frio, e ao despedir do Arthur ele se desculpou mais uma vez e fui surpreendida por um selinho ao virar meu rosto nos dois beijinhos.
Certo que um selinho não significa nada hoje em dia, e aquele então que foi quase sem querer menos ainda. Mas pra mim, uma adolescente bobinha, totalmente BV, com um irmão cão de guarda, significou muito.
Senti meu rosto ficar vermelho e quente. Não tive reação pra falar nada só bati o portão e entrei correndo direto pro meu quarto. Rezando pra que ninguém tivesse visto. Não suportaria questionamento e as crises do Pedro.
Fiquei boba, totalmente perdida naquilo que eu sentia, as coisas que vinham na minha mente, no porque de ter mentido pra Soph dizendo que não tinha reparado nele, não sabia o que era aquilo.
*  *  *
 Continua...
Escrita por : Nana F

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