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05/07/2012

"My first love"


Capitulo 117 e 118


            Continuei na cozinha com Mel e logo fomos pra sala assistir TV enquanto Arthur não terminava o banho.
            - Seu irmão não está normal hoje, acho que o murro afetou a cabeça dele – falei séria com Mel.
            - Lu, na verdade acho que ele tá tentando se esconder da tristeza com essas coisas sabia? – ela falava séria – Ele gosta muito de você, e essa historia de viagem realmente abalou ele. Ele só não quer que você perceba isso.
            - Será? – perguntei com duvida sobre isso ainda.
            - Eu acho. Mas faz assim, aproveita esses momentos de vocês juntos aqui ainda, afinal vai ter muito tempo pra vocês ficarem distantes – ela falava passando as mãos pelos meus cabelos.
            - Vou tentar...
            - Vai tentar o que? Posso saber? – Arthur falava chegando à sala com uma bolsinha de primeiros socorros nas mãos.
            - Tentar te matar, da próxima vez que se meter em briga – respondi ficando de joelhos no sofá ao lado de onde ele se sentou.
            - É só se manter longe daquele cara – ele falava fechando os olhos enquanto eu limpava o corte – Ai amor cuidado!
            - Amor? Acho que eu tô sobrando aqui – Mel falava dando risada da situação.
            - Tá sobrando nada. Eu avisei que o murro afetou os poucos neurônios que ele ainda tinha – falei tentando desconversar.
            - Vocês fazem um drama só porque eu falei amor. Nunca escondi isso, é meu amor, minha pequena, sempre vai ser assim – ele continuava com os olhos fechados enquanto eu passava uma pomada pra dor própria pra região dos olhos no local do murro.
            - Da pra parar! Vocês estão me deixando sem graça – eu falei um tanto quanto incomodada com aquele papo.
            - Vou tomar meu banho e vocês ai juízo – Mel falou levantando e subindo pro quarto.
            - Melzinha, quando você for voltar pega pra mim meu celular na minha bolsinha e traz pra mim? – pedi pra Mel que ainda estava na escada.
            - Nem precisa Mel, a gente já vai subir – Arthur falava e eu definitivamente não entendia mais nada.
            - Você não está normal, a cada hora que passa, eu tenho mais certeza disso – falei parando o curativo e cruzando meus braços o encarando.
            - Para de drama, a gente vai subir e assistir um filme lá em cima, lá é mais confortável e garanto que você tá doida pra dormir um pouquinho – ele falava com uma certeza incrível.
            - Pra falar a verdade se eu deitar eu durmo mesmo. Mas com você assim eu tenho medo – falei sem me mexer ainda.
            - Tá achando que eu sou o Matheus é? Não costumo agarrar ninguém a força não – Thur falou se levantando e guardando as coisas na bolsinha novamente e foi saindo da sala em direção a escada – Pode ficar tranquila, não é obrigada a fazer nada que não queira.
            - Espera vai, não falei por mal – fui andando atrás dele que não parava – Arthur... Arthur olha pra mim, não fica com raiva.
            - Não tô com raiva, vou assistir filme aqui, se quiser vem, se não pode ir ficar no quarto da Mel ou onde quiser. Sinta-se em casa – ele falou entrando no quarto ligando a TV, colocando um filme e deitando na cama.
            Sair e fui pro quarto da Mel, poxa, não fiz nada de mal. Apenas não estava entendendo aquelas atitudes dele. Ele também tá dando um de sensível e se irritando com tudo. Fiquei no computador no quarto da Mel. Ela terminou o banho se arrumou pra aula e disse que já ia sair pra não chegar atrasada, pois Thur tinha dormido e ela não queria incomoda-lo pra levar ela lá.
            Concordei e fiquei mais um pouco por ali já eram quase 16:00, até me cansei de fazer nada na internet e resolvi ir na cozinha pegar alguma coisa pra comer. Ao passar pelo corredor dos quartos, ouvi o Arthur chamar a Mel.
            - Melzinha, quando subir traz um analgésico pra mim e água. Minha cabeça tá explodindo – ele falou com voz de sono.
            - Hum rum! – só fiz um pequeno som com a garganta pra ele nem perceber que era eu.
            Desci, peguei uma batata frita, um remédio na caixinha da cozinha um copo com agua e subir em direção ao quarto dele. Ao entrar no quarto...
* * *

Capitulo 118

            Ao entrar no quarto me deparei com ele ainda deitado só de bermuda e sem camisa. A TV já estava desligada e o olho ainda mais roxo. Ele dormia, parecia um anjo. Resolvi deixar o remédio na mesinha ao lado da cama junto a agua e fui saindo do quarto quando ele acorda.
            - Ei pequena, fica aqui comigo! – ele me pedia mal abrindo os olhos devido a claridade do quarto.
            Olhei pra ele e fui fechar as cortinas pra claridade não o incomodar tanto.
            - O remédio tá ai – falei comendo uma batata e mostrando as coisas que deixei lá pra ele.
            - Cadê a Mel? – ele perguntava se sentando na cama pra tomar o remédio.
            - Já foi para o curso. Não quis te acordar – falei me sentando de frente pra ele na cama e comendo minhas batatas – Quer?
            - Nossa! Quantas horas? Dormir demais eu acho – falou procurando o relógio que estava mesinha de cabeceira.
            - São exatamente 16:23 – falei olhando no celular – quer comer alguma coisa?
            - Não, me dar um batata aqui vai sua gulosa – falou já fazendo graça.
            - Gulosa nada, eu te ofereci, foi você que não se deu ao trabalho nem de me responder – falei passando a latinha pra ele.
            - Eu estou meio zonzo ainda, não leve nada disso em consideração – falou começando a comer e ligando novamente a TV com o controle, e apoiando as costas na cabeceira da cama – Encosta aqui vem, juro que eu não mordo.
            Me levantei e fui sentar do lado dele, aproveitei pra dar uma olhada naquele corte do olho dele. Levantei novamente e fui até o quarto da Mel pra pegar um band-aid na minha bolsa.
            - Ei, vai pra onde? Fica aqui vai eu nem fiz nada – falava aflito.
            - Calma, só vou pegar um negocio e estou voltando – falei já fora do quarto.
            Vi quando meu celular tocou, era o som de mensagem. Voltei pro quarto com o curativo na mão e sentei novamente ficando ajoelhada do lado dele pra poder colocar.
            - Olha pra cima vai – mandei que ele virasse pra ficar mais fácil.
            - Seu celular tocou – ele me avisou, enquanto eu me dirigia até o baldinho de lixo na escrivaninha pra jogar os papeizinhos fora.
            - É mensagem, olha ai de quem é o numero, por favor – pedi enquanto lavava minha mão no banheiro do quarto.
            Ao me virar na direção dele novamente vi que a cara dele estava diferente.
            - Olhou ai pra mim? – perguntei.
            - Preferia não ter visto nada – ele estava furioso – É seu amiguinho.
            - Matheus?
            - Tem outro? – ele ainda estava furioso.
            - Ai meu Deus o que aquele infeliz quer agora? Acabar o resto do meu dia logo agora que estava ficando bom – falei pegando o celular e sentando ao lado dele.
            - Está ficando bom é? – ele se virava me encarando e pegando o celular na minha mão – Então nem lê. Apaga logo isso.
            - Não Thur, me deixa ver o que ele quer vai. Vem ler comigo? – falei tomando o celular da mão dele, abrindo a mensagem e chamando ele mais pro meu lado.
            - Quero nem ver – ele ficou me olhando enquanto eu lia a mensagem.

“Minha linda, desculpa pelo episodio de hoje
na porta da escola, mas é tudo culpa daquele idiota
do seu ex. Ele não se conforma em ter te perdido.
Vamos sair hoje a noite?”

            - Idiota é você – falei olhando pro celular como se Matheus pudesse me ouvir assim.
            - Não me aguento de curiosidade vai, posso saber o que ele queria? – Arthur perguntava sentando do meu lado.
            - Eu não ia responder, mas agora eu vou, só de pirraça – falei digitando a mensagem.
            - Da pra falar comigo e deixar de conversar com um telefone? – ele me pedia, mas a raiva era tanta que nem prestei muita atenção.
            - Espera que já converso com você – falei continuando a digitar e enviando a mensagem...
* * *
Continua...

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