"My first love"

Capitulo 111 e 112

            Voltamos pra sala de aula, aguentar mais uma aula de historia e duas de português. Só sairia da escola 12:40, era terrível. Espero que consiga almoçar com meus pais e resolver logo toda essa história de viagem. Sei que minha mãe não vai ser contra a minha decisão, seja ela qual for. Mas convencer meu pai e Pedro pode ser um pouco mais difícil.

            As aulas passaram arrastadas, ainda bem era sexta e teria o final de semana todo livre disso aqui. Mas pro meu azar, ainda tive que aturar Matheus na saída da minha sala até o portão.

            - Lua, vamos sair esse final de semana? – ele perguntou segurando meu braço assim que passei do batente da porta da sala de aula.

            - Bom dia pra você também – fui irônica – É claro que não vou sair com você.

            - Mas Lu, precisamos conversar sobre a gente – definitivamente esse cara estava maluco.

            - Que a gente? A gente não existe mais, tá tão difícil assim pra entender? – continuei grossa, e caminhando em direção ao portão. Aonde se enfia a Soph, a Mel e a Gabi nessas horas hein?

            - Gatinha não me trata assim vai, sei que você está sozinha, precisando de carinho, atenção... – Matheus falava do meu lado já atravessando do portão saindo pra rua quando foi interrompido.

            - Primeiro, ela não é gatinha, pra você ela é Lua. Segundo, ela nunca vai ficar sozinha. E terceiro, carinho e atenção ela tem de sobra – não acreditava que eu ouvia isso da boca dele.

* * *

Capitulo 112

            Era ele, Arthur surgiu do nada naquela porta e não gostou nada do que escutou. Após responder Matheus segurou minha mão e me puxou dali, eu não entendia mais nada.

            - Perai cara, meu papo é com a Lua, não se meta aonde não é chamado – Matheus respondeu gritando e já se alterando.

            - Cara eu não queria partir pra briga, mas fiquei te devendo isso há algum tempo atrás – Arthur respondeu soltando minha mão se virando pra Matheus e dando um murro na cara dele – Acho que tá na hora da gente acertar nossas contas.

            Não era possível. Eles começaram a brigar igual a dois malucos na porta da escola onde já se formava uma rodinha de curiosos. Eu pedia pro Arthur parar junto com a Mel, mas era em vão. Pedimos aos meninos da sala que os segurassem, ou aquilo não acabaria nada bem.

            Depois de Matheus da apenas um soco no olho do Arthur e levar uma bela surra, conseguiram separa-los. Corri em direção ao Arthur com medo que ele fosse pra cima de Matheus novamente e o abracei.

            - Para Arthur, por favor! – pedi já deixando lagrimas escorrerem pelo meu rosto.

            - Desculpa Lu, sei que você não gosta de briga, mas esse cara passou dos limites. Ele merecia – respondeu Arthur transtornado, furioso e inquieto com a situação.

            - Sério, agora é melhor você ir pra casa cuidar desse machucado. Isso deve está doendo muito – falei olhando para o olho de que além de roxo tinha um leve corte no supercílio – Pode deixar que eu vou ficar bem, Peu já deve tá chegando pra me buscar.

            - Nem pensar, só saiu daqui com você. O Pedro não vem, avisei a ele que viria pegar a Mel e te deixaria em casa – ele me explicava e voltava a segurar minha mão – Vamos?

            - Tá bom, mas você vai cuidar desse olho – falei impondo uma condição.

            Ele parou enquanto andávamos em direção ao carro e me puxou de leve.

            - Você cuida de mim? – pedia ele com meu sorriso torto preferido, e uma carinha de cachorro que caiu da mudança.

* * *

Continua...