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24/12/2011

"Merry Christmas With McFLY"


Capítulo 11

- Quantas horas? – Arthur perguntou pela sétima vez. Estava completamente nervoso com a ligação que receberia do sequestrador. 
- Calma, Arthur. Você perguntou isso não tem nem um minuto. – Mel se pronunciou indo para o lado do amigo, que respirou fundo, encarando o porta-retrato onde continha a foto dele eLua no noivado que ocorrera no ano anterior. 
Mel não havia conseguido ficar na casa de Lua e não saber notícia da casa do Arthur. Resolveu que teria que estar lá e dar apoio a aqueles dois homens. Não só ela, como todos os integrantes da banda McFLY estavam presentes. 
- Eu só queria acabar logo com isso, Mel. Saber o que ele quer e ter certeza de que a Lua está bem. – Ele enxugou algumas lágrimas que caíram e colocou o porta-retrato em seu lugar. Mel o abraçou de lado e Chay se sentou no mesmo sofá no outro lado de Arthur, o abraçando também. – Eu nem sei se eles a machucaram, se a estão alimentando. Eu não sei nada! – Ele abaixou a cabeça e começou a chorar com vontade, mais uma vez. – Eu odeio não saber nada! Não poder fazer nada! 
Chay e Mel se encararam enquanto o amigo chorava de cabeça baixa. Os dois haviam passado por uma pequena briga mais cedo, antes de saber do sequestro da Lua. Para os dois, as brigas era normais, já que eles tinham um gênio completamente diferente um do outro, mas se amavam no fim das contas. Os olhos de Chay se encheram de lágrimas e ele esticou sua mão direita para que Mel a pegasse. Sibilou um “Desculpe” como um cochicho, eMel fez o mesmo. Sorriram por um momento e voltaram suas atenções para Arthur. 
Suede, ao ver o amigo naquele estado, começou a imaginar se fosse Mel a sequestrada. Sentiu seu coração apertar só com esse pensamento. Ele não sobreviveria sem aquela mulher, por mais que se desentendessem tanto. 
A casa de Arthur ficou em absoluto silencio quando o telefone começou a tocar. O relógio marcava meia-noite em ponto. Billy olhou Arthur de maneira sugestiva para que ele atendesse logo; o mesmo respirou fundo e tentou esconder todo sentimento de tristeza e ódio para conseguir resolver alguma coisa naquele momento. Pegou o telefone sem fio em mãos e apertou o botão verde. 
- Alô? – disse se sentando novamente no sofá, ao lado de Billy que escutava atentamente. 
- Ora, ora. Se não é o noivo da minha florzinha. – Arthur sentiu o corpo ferver ao escutar a voz do sequestrador, principalmente quando ele se referiu a Lua como ‘sua florzinha’. 
- Quem é você, desgraçado? – disse entre dentes. Harry e Micael se aproximaram fazendo gestos para que ele tivesse calma. Sabiam que não era assim tão fácil falar com o sequestrador da pessoa que você amava, mas ele tinha que se controlar para não influenciá-lo a fazer nada contra a Lua. 
- Opa! Calmo lá, amiguinho! Nada de palavras feias pra mim, se você não quiser essa florzinha aqui machucada. – Aguiar travou com essa fala. O sequestrador gargalhou do outro lado da linha. – Imagino que não. Então, vamos ao que interessa. Quero um milhão de libras, divididas em duas malas pretas. Nada de polícia na jogada, sacou? – Arthur sibilou um “sim”, fraco. – Você tem uma semana para arrumar o dinheiro. Eu ligarei um dia antes que acabe o prazo para lhe dizer o local e a hora que nos encontraremos para a troca. Eu fico com meu dinheiro e você com a florzinha. – Arthur respirou fundo. Uma semana era muito tempo para conseguir o dinheiro, mas era ainda mais tempo para Lua ficar naquele cativeiro.
- Eu consigo o dinheiro em menos tempo. Quatro dias. – O outro gargalhou com essa fala doArthur. 
- Já disse. Uma semana. Quero aproveitar bem esse tempo com essa florzinha. – Arthur jogou o telefone no sofá e levou as mãos à cabeça, com raiva. Harry correu e pegou o telefone e colocou o mesmo no auto-falante. – Para você ver que eu não sou tão ruim,Aguiar, eu vou deixar você conversar com ela. – Ele deixou a raiva de lado ao ouvir aquilo, sentindo seu coração bater de maneira acelerada. – Afinal, você precisa de alguma influência para conseguir todo o meu dinheiro e não desistir no meio do caminho. O que não seria uma má ideia ficar com essa coisa gostosa aqui, mas eu prefiro meu dinheiro. Então, ela seria completamente descartável depois disso, sacou? 
- Sim. Entendi. Agora me deixa falar com ela. – Quase gritou com o ódio e o medo que lhe invadiram. O outro gargalhou. 
- Ok! Calma, Aguiar! – A sala se encheu de expectativa. – Seu noivo, florzinha. – disse ao longe no telefone, deixando o coração de Arthur em uma corrida de Fórmula Um. 
- Oi! Arthur? – O coração dele parou ao ver que era mesmo a voz dela. 
- Oi, meu amor! Como você está? Está machucada? Eles te alimentaram? – Os olhos deArthur voltaram a derramar lágrimas pelo seu rosto. 
- Hey, amor, fica calmo! Eu estou bem, eles não me machucaram e eu comi. – Arthur conseguiu sorrir por um momento, mais aliviado. 
- Você vai ter que aguentar essa semana, amor. Eu vou tirar você daí. É uma promessa, entendeu? 
- Entendi, amor. Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem. Diga ao meu pai que eu peço desculpas por isso. – Billy chorou ainda com mais força ao ouvir essa frase da filha. 
- Eu não preciso dizer, ele ouviu tudo. Estamos todos aqui. Mel, os guys, seu pai e eu. – Ela ficou muda por um momento, o que eles escutaram foram apenas seus pequenos soluços. 
- Guys, cuidem bem do Arthur entenderam? – Os meninos assentiram com um ‘sim’ em uníssono. - Amiga, não deixa meu pai sozinho. Mesmo que ele não queira, grude nele como chiclete! – Mel gargalhou de leve e sibilou um ‘ok’. - Eu amo todos vocês. – Eles responderam com um “nós também te amamos Lua”. – Eu te amo, Aguiar. Sempre. 
- Também te amo, Blanco. Sempre. – A gargalhada do homem voltou a ecoar o ambiente. 
- Ok. Ok! Eu fui bem bonzinho não acha? Deixei vocês conversando por uns bons cinco minutos. Mas agora acabou. Uma semana. Terça-feira, Aguiar. 


Continua...

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