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15/12/2011

"O Melhor pra Mim"


Capitulo 116 (Penúltimo Capitulo)


Segunda-feira, dia 16 de Novembro, 14:49, hospital.
Guys:
- Onde ela está? - Sophia gritou com Mel e Rayanna quando nós sete nos encontramos.
Assim que chegamos ao hospital encontramos Micael e Sophia na entrada, e os dois me explicaram o que estava acontecendo.
Resumino tudo: Eu seria cunhado!
- Ela disse que ia dar uma volta! - Mel respondeu, assustada com o tom autoritário de sua voz e sem entender nada. Quando me viu parado ali seus olhos se iluminaram. - Arthur!
- Arthur, você vai atrás dela e vai achá-la! - Sophia espalmou as duas mãos em meu rosto e o virou para ela. - Eu não quero mais que você faça a minha melhor amiga sofrer! Ela já sofreu muito nessa vida, sempre tendo que cuidar de todos e de tudo, abdicando de todos os seus gostos e vontades pelos outros. - de longe o pai de Lua olhava aflito para o corredor, como se nós não existíssemos. - E se você não for atrás dela agora e aceitar suas desculpas eu juro que eu… Eu… Eu nem sei o que eu faço! - Sophia gritou, dando dois tapas de leve no meu rosto. - Acorda, se recomponha e tente não parecer tão bêbado!
Olhei para ela, pasmo. Depois de todos os gritos que todos estavam dando comigo e depois da corrida de fórmula 1 que Chay participou para me trazer ao hospital no menor tempo possível, o fato de eu ter bebido era a menor das minhas preocupações. Toda a bebedeira agora estava escondida num canto obscuro do meu cérebro e eu estava totalmente sóbrio.
Enquanto subíamos de elevador para o andar em que todos estavam não podia deixar de me perguntar: Por que eu sempre confiava nas pessoas erradas? Ela não havia saído de mãos dadas com Eric e eu havia a julgado erroneamente. Aquele gordo filho da puta havia mentido pra mim!
Senti umas quatro mãos nas minhas costas me empurrando e logo em seguida eu estava vagando pelo hospital.
Segui por uns cinco corredores sem prestar a mínima atenção em minha volta. De vez em quando esbarrava com enfermeiros e médicos, que não diziam nada, andando como zumbis.
Depois de rodar aquele hospital inteiro e quase perder a esperanças de encontrá-la, cheguei numa outra sala de espera, completamente vazia. Parecia uma sala fantasma. Sentei-me em um dos bancos de plástico azul, cansado de tanto andar. Porque hospitais tinham de ser tão grandes?
Ao mesmo tempo que me preparava para voltar a caminhar pude ouvir alguns gemidos baixinhos. Alguns soluços. Olhei em volta, mas não tinha ninguém por ali.
Será que… Será que era a Murta que Geme?
Fechei os olhos, me concentrando, e pude detectar os gemidos vindos do vão entre máquinas de refrigerante e doces.
Caminhei a passos largos até lá, não me surpreendendo muito ao encontrar Lua. O que me surpreendeu de verdade foi encontrá-la chorando.
Lua? Chorando?
Agachei-me e ela pareceu não ter percebido a aproximação de um estranho.
- Luazinha? - chamei, então ela levantou o rosto, vermelho e molhado. Arregalou os olhos. - Lua, eu tô aqui. Não precisa mais chorar.
Ela se levantou num pulo, atravessando a sala de espera. Levantei-me também, e fiz menção de me aproximar.
- Fica aí! FICA BEM AÍ! - ela gritou e eu obedeci.
Meu Deus, ela sabia como ser assustadora.
- EU ESTOU CANSADA DISSO,ARTHUR! CANSADA!
- Lua, não precisa gritar, não tem ninguém aqui pra atrapalhar a conversa. - pedi, nervoso. Ela respirou fundo, mas meu apelo funcionou, porque ela abaixou o tom de voz.
- Arthur, você tem ideia do que minha vida se transformou nos últimos dias? Essa não sou eu! Eu não me apaixono, eu não sou sociável, eu não tenho crises existenciais, eu não gravo vídeos pedindo desculpas, eu nem ao menos peço desculpas! Arthur, eu não choro. Você consegue entender isso? - ela deixou os ombros caírem, e outra lágrima rolou pelo seu rosto. - Olha o que você fez comigo…
- Eu entendo isso. Esse também não sou eu, Lua. Eu não fico com uma menina só, eu não penso em ninguém antes de dormir, eu não paro de fumar por alguém, eu não brigo com os meus amigos por uma garota, eu…
Ficamos em silêncio, nos encarando.
- Eu te perdôo. Eu quero ficar com você. - finalmente disse. Falei de uma vez. Porque, afinal, era o que eu mais queria.
- Por quê? - ela perguntou, impassível.
- Porque agora eu vejo que você não queria me magoar, foi só uma besteira, e… - Não isso. - ela resmungou, impaciente. – Por que você quer ficar comigo? - tornou a perguntar, lentamente, como se eu fosse retardado. - Me dê um bom motivo.
- Bom, eu… - olhei bem para ela. Aqueles olhos chorosos, o rosto vermelho e a expressão séria… Ela era a garota mais linda do mundo, a única que eu queria ao meu lado. - Eu quero ficar só com você, Lua, com mais ninguém. Só você me deu um chute no estômago, só você corre à noite num parque escuro, só você consegue fumar o Lucky Strike, só você tem uma Gibson Les Paul, só você sabe cantar The Clash, só você entende de música tanto quanto eu, só você tem uma voz linda, só você usa Vans, só você consegue e tem o dom de me ignorar, só você tem o dom de me tirar do sério, só você tem todo dia um sabor, só você pula da janela usando um mini-vestido, só você é uma garota e precisa de ajuda com roupas, só você pediu a minha ajuda para algo e me tratou como se eu fosse alguém, como se eu tivesse algo a oferecer. Só você é dona de um estúdio, só você me fez ficar completamente embasbacado ao ficar semi-nua, só você cuida de mim bêbado, só você sabe fazer com que um bando de garotas se apaixonem pelo som da minha banda, só você vira completamente outra pessoa quando está bêbada, só você sabe me xingar e ainda me deixar com um sorriso idiota no rosto - a cada “só você” Lua deixava outra lágrimas escapar e soluçava. -, só você tem as amigas perfeitas pros meus amigos, só você manda as mensagens mais engraçadas do mundo, só você pediu pra Alana me dar uma surra, só você gosta de filmes com corujas et’s, só você gosta de dinossauros, só você me faz quase ser expulso do colégio, só você me faz borbulhar de ciúmes como um babaca apaixonado, só você me faz admitir que eu a amo, só você me salva de uma surra, só você me faz atravessar o Brasil  pra participar de um baile de debutantes, só você me faz quebrar a perna, só você me faz de capacho pra realizar todos os seus gostinhos. É só você, Lua. - comecei a caminhar em sua direção, e ela não fez nenhuma objeção. - É só você que eu quero, só você que eu preciso, só você que eu amo!
Parei em sua frente. Nossos corpos estavam há centímetros de distância. Seus lábios estavam na altura do meu queixo. Eu podia sentir o seu cheiro, e era a única coisa que eu precisava, pro resto da vida.
- Bom… Se isso for verdade, eu até posso considerar… - ela foi dizendo, e eu me curvei para poder beijá-la, sendo interrompido por seu dedo em meus lábios. – Por que você demorou tanto?
Suspirei.
- Porque seu vizinho me disse que você saiu de mãos dadas com Eric e eu fui encher a cara num pub qualquer. - respondi, envergonhado.
- Eu não acre… - ela foi dizendo, mas eu a calei com um beijo.
Ela ainda tentou falar, mas eu segurei sua nuca com carinho e ela se desmanchou. Envolveu os braços nos meus ombros e ficou na ponta dos pés, se entregando completamente ao beijo.
Apesar da máscara de garota forte, Lua não passava de uma garotinha insegura que só precisava ser protegida de vez em quando. E eu a protegeria enquanto ela deixasse que eu o fizesse.
Aquela era minha garota. Minha, só minha. E mais nada a separaria de mim.
- LUA! É UM MENINO! VOCÊ TEM UM IRMÃOZINHO! - ouvi a voz aguda de Mel atrás de mim.
Bom, aquilo iria nos separar.
Mas só por alguns minutos…
Continua...


Um comentário:

  1. Hey, gostaria de postar essa Web LuAr no meu blog >> http://mundorebeldeforever.blogspot.com.br/ <<...
    Posso pota-la??
    Claro, irei colocar os créditos!
    Desde já, Obrigada!

    Sá ><'

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