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20/01/2012

'Rebelde' atrai cada vez mais o público infantojuvenil

Histórias fazem sucesso com o público de menor idade. Foto: TV Record/Divulgação

Depois de dez meses no ar, Rebelde já garantiu uma segunda temporada, que deve estrear nos próximos meses. E basta acompanhar os capítulos do folhetim infantojuvenil da Record para perceber que existe, sim, fôlego para isso. Principalmente por uma característica que marca bem a diferença entre a adaptação nacional da homônima mexicana e outros projetos focados em adolescentes: a ausência de crises de identidade. 

Por mais que emissora tenha "vendido" a obra como voltada para a família inteira, tudo gira em torno dos conflitos dos alunos do fictício colégio Elite Way. Ali, os adultos são mesmo meras escadas para os mais novos, muitas vezes adotando um comportamento bem próximo ao deles. Como os professores, por exemplo, que chegam a revezar mais na troca de casais que os próprios alunos. 

Os conflitos amorosos juvenis, aliás, preenchem a maior parte das cenas escritas por Margareth Boury e sua equipe. Assim como em várias tramas adultas, o romance parece ser o combustível mais fácil para afastar possíveis barrigas depois de mais de 200 capítulos no ar. Isso sem contar na fase musical. Os números já vinham sendo utilizados desde o início, mas o sucesso da turnê lançada no final do ano passado - com venda de CD e shows em diversas capitais brasileiras - mostra que pode ser um bom caminho tentar juntar o potencial que o projeto tem tanto na tevê quanto na internet, nos palcos e nas paradas musicais. 

E essa movimentação parece já acontecer mesmo. O elenco cada vez mais aproveita as redes sociais para interagir com o público. Além disso, as canções do grupo Rebeldes agora embalam a maior parte das cenas do folhetim, deixando um pouco de lado a trilha sonora utilizada nos primeiros 100 capítulos. Principalmente aquelas com o ex-Ídolos Chay Suede em primeira voz. 

Ele, inclusive, é uma das boas surpresas. De longe, é quem melhor canta. E, apesar da inexperiência como ator, não chega a destoar dos colegas. Tanto é que teve sua participação cada vez mais explorada em diversos núcleos. Parece ter caído nas graças da autora. 

O número de alunos com falas nas cenas também cresceu bastante. Agora, os conflitos giram em torno de quase uma turma inteira. O que, indiretamente, acaba fazendo com que alguns dos atores mais experientes sejam completamente desperdiçados. Caso de Adriana Garambone, por exemplo. A atriz até transformou sua desequilibrada Eva em uma das personagens mais divertidas da novela durante algum tempo. 

Mas, de várias semanas para cá, ficou evidente que Garambone tem bem mais a oferecer que aquilo que cabe em suas cenas. Assim como Cássia Linhares, na pele da redimida Sílvia, e Claudia Lira, como a batalhadora Beth. Até o carismático Pingo, personagem de Sylvio Meanda, parece ter sido esvaziado. Apesar de ser em seu núcleo que a comédia mais aparece.

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