Capítulo 25
"A carta da Lua"
Arthur, a Lua
que você conhecera morreu. E aqui está a triste historia dela. Mas antes de
ler, quero que saiba que deixei de amá-lo, nem mesmo o trai.
Minha
história é quase a repetição da historia da minha ancestral. Ela fora uma
cortesã no Rio de Janeiro, após arrecadar dinheiro para sua irmã Anna (minha
bisa avó) ela faleceu, mas eu sempre ouvi sua história e jurei a mim mesma que
nunca teria uma vida iguala dela.
Quando fiz 15
anos meus pais mudaram-se para São ´Paulo, onde dois de meus irmãos faleceram
num acidente de carro. Nessa mesma época minha mãe entrou em depressão, meu pai
tornou-se alcoólatra. Sobramos então apenas eu e minha irmã para nos cuidarmos.
No dia que
Anna (minha irmã) descobriu que tinha câncer, eu entrei em desespero. Nossa
família estava arruinada, minha mãe já não estava mais conosco e meu pai não
era mais o mesmo.
Um dia, fui
chorar no hall de entrada do meu prédio, precisava de dinheiro, mas ano sabia
como arranjar. Nesse mesmo dia, meu vizinho ofereceu-me dinheiro e chamou-me
para subir ao seu apartamento.
Eu fui, mesmo
com medo, pois o dinheiro para o tratamento da Anna valia mais que tudo para
mim.
Chegando no apartamento dele, ele tentou agarrar-me, sai correndo. Mas ao
chegar no térreo lembrei-me da Anna e do meu pai, e com isso corri de volta
para o apartamento do nosso vizinho, o Sá.
Ele era um
velho nojento, agarrou-me, tocou-me, me fez sentir nojo de mim mesma, mas eu
não reclamei, chorei nem mesmo fugi, fiquei lá imaginando o dinheiro que
receberia para cuidar da minha irmã e curar meu pai.
Nunca contei
nada a ninguém, mas muitos meses depois, quando meu pai já estava bem, e minha irmã sendo tratada, fui questionada
sobre a origem do meu dinheiro.
Meu pai, com
nojo de mim, expulsou-me de casa.
Foi assim
que, de carona em carona, cheguei ao Rio de Janeiro, onde uma senhora me
ofereceu moradia. Essa, cuidou de mim, mas, um ano depois, exigiu que eu
servisse aos desejos do filho dela.
Sem opção,
cedi às ordens dela, e foi assim que comecei a me prostituir. Juntei uma soma
de dinheiro grande o suficiente para pagar a minha liberdade, e mudei-me para
Europa.
Antes, porém,
falsifiquei minha morte, assim, meu pai não choraria mais de vergonha por mim,
mas sim pela filha morta que possuía.
Na Europa,
enquanto lia os jornais do Brasil, descobri que minha irmã estava no jornal.
Ela estava a procura de um doador compatível. Não pensei duas vezes, retornei
ao Brasil, desmanchando o meu contrato como professora de português na Itália.
Chegando ao
país, vi de fazer uma doação anônima para minha irmã, que era órfã. E prometi a
mim mesma que me prostituiria por mais dois anos, assim, juntaria dinheiro para
minha irmã e mudaria a vida dela.
Hoje, dia 5
de março, cumpro minha promessa e preparo-me para recebê-la em meu lar. Vou
enviá-la à melhor escola do Rio, vou salvá-la do meu destino.
Por isso,
aviso que a Lua que você conheceu morreu, Não existe mais aquela prostituta
festeira, mas sim uma menina que vai cuidar da irmã e tentar esquecer que já
amou alguém.
Arthur, todos
que ficaram perto de mim sofreram, eu amo você demais, Por isso, não quero que
me procure. Eu amo demais você para arriscar machucá-lo.
Um beijo,
Da sempre sua
Lua Maria Blanco.
Continua..
Escrito por : Amanda
Celly vai ter Simplesmente Rebelde hj?Bijin lindah!
ResponderExcluirwoun't que fofo *-*
ResponderExcluirposta mais
Putz..! :'(
ResponderExcluirposta mais
ResponderExcluira mais a Lua e o Arthur tem que fica juntos : ) & : (
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