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25/12/2011

"Merry Christmas With McFLY"


Capítulo 19


Arthur se deu conta que havia acabado e correu em direção da noiva que ainda estava abaixada junto ao sequestrador. Não entendeu toda a preocupação de Lua para com ele e, principalmente, o porquê de o mesmo ter se colocado na frente de Lua e salvado a sua vida, mas lhe seria eternamente grato por isso. 
- Jeff, fala comigo, vai! Não dorme! – Lua dizia com seus olhos parecendo cachoeiras por causa das lágrimas que ali desciam com força total. Jeff respirou com dificuldade por causa da dor no abdômen e levantou seu olhar, encontrando os olhos da mulher que lhe amparava. 
- Lua. Promete que você vai atrás da minha mulher... – Respirou fundo tentando achar mais força para continuar. – Promete que vai dizer a ela que eu não fiz por mal? – Lua concordou com a cabeça e Arthur prestava atenção em tudo. – Que eu só queria tirar ela daquele lugar horrível e dar uma vida digna pra ela e pra nossa menininha? – Lua enxugou algumas lágrimas e concordou novamente. – Diz que eu a amo e que peço desculpas para ela e pra nossa menininha que vai nascer sem um pai. – Algumas lágrimas escorreram dos olhos de Jefferson ao pensar naquilo. Ele não achava que sobreviveria para ver a filha nascer, mas pelo menos ia morrer consertando o erro que cometeu ao se juntar a Robert naquele sequestro. 
- Você não vai morrer, Jeff. Você vai ver a sua filha nascer e eu vou estar lá com você quando isso acontecer! – Jeff sorriu e viu que até o sorriso lhe causava grande dor, mas continuou sorrindo do mesmo jeito. 
- Ficaria muito feliz com isso, Lua. – Ele sentiu suas forças acabarem e fechou os olhos ainda respirando com dificuldade. 
- Amor? Nós precisamos tirá-lo daqui! – Lua então percebeu que Arthur estava ali ao seu lado quando sua voz adentrou em seus ouvidos. Percebeu também que o pesadelo havia acabado e ela poderia ir embora daquele lugar, finalmente! 
- Arthur, vou pedir que as outras viaturas se aproximem. Nós o colocamos em uma delas e levamos ao hospital mais próximo – Kevin disse e Arthur concordou com aquela fala, vendo o mesmo sair do local em seguida. 
- Nós temos que achar alguma coisa para parar esse sangramento. Ele não tem mais força para ficar pressionando o local – Lua disse ao noivo que concordou e se levantou procurando algum pano que servisse. 

Kevin escutou o grito de Lua seguido por um disparo. Desesperou, chamando os outros companheiros para irem ao local. Ao chegar lá, viu Lua com uma arma na mão apontada para o sequestrador Robert que estava meio agachado e com sua arma apontada para Arthur, que estava caído no chão. Kevin demorou só alguns segundos pra perceber o que aconteceu ali e já preparou sua arma e atirou em Robert. O tiro fez Lua pular assustada, imaginando que o mesmo que perfurou a cabeça de Robert havia saído da arma que segurava. 
- Arthur! – Lua encarou de onde vinha a voz de Kevin e viu Arthur no chão e ao seu lado uma poça grande de sangue. Kevin remexia o amigo sem obter grande sucesso em acordá-lo. Lua deitou Jeff com cuidado no chão e foi até onde Kevin e Arthur estavam; o primeiro com lágrimas nos olhos quando a encarou. 
- O Robert, ele atirou no Arthur. Ele estava de costas, e não viu. – Lua sentiu seu corpo todo tremer ao voltar a si e rever a cena que acontecera instantes antes. – Eu peguei a arma para atirar nele, só que eu não consegui. Eu não consegui. – Kevin a abraçou percebendo seu desespero. 
- Temos que levá-los ao hospital, Lua. Agora! 

Thirteen days later... 

Harry sentou ao meu lado com um meio sorriso, me abraçou de lado tentando não demonstrar toda a sua angústia, angústia essa que eu podia sentir; estava estampada nele. Começou a brincar com meus dedos, tentando não encarar a cama à nossa frente. Já fazia dez dias que ele estava ali. Era pra esse dezembro ser incrível como todos os outros, mas não foi. Eu fui tirada dele e ele de mim, e agora eu não sei se vou tê-lo de volta. 
- Lua? Posso conversar com o Arthur a sós? – disse cochichando em meu ouvido com uma voz amigável. Concordei com a cabeça, precisava mesmo de um café. 
- Olha lá! – disse me levantando. – Não vai abusar dele, hein? – Ele soltou uma gargalhada da minha piadinha e concordou com a cabeça. 

Judd POV. 
Acompanhei a Lua com o olhar e a vi fechar a porta do quarto. Levantei do pequeno sofá de dois lugares improvisado pelo Micael para que um de nós dormisse lá com a Lua, que dormia na outra pequena cama que lá havia. Andei até onde ele estava e encarei bem seu rosto. Ele parecia bem melhor do que quando eu o vi aqui pela primeira vez. Também, com tantas transfusões de sangue... 
Respirei fundo, retirando o pensamento daquele maldito dia, peguei na mão dele que não estava com o cateter, e apertei. 
- Hey, dude! Como você está hoje? – cochichei sentindo minha máscara forte começar a desabar. Eu não podia desabar perto dela, é claro. Eu tinha que dar força a Lua, não o contrário. – Sabe, hoje é dia vinte e dois de Dezembro. Meu aniversário já é amanhã, acredita? – Respirei fundo, encarando seu rosto e não vendo nenhuma reação. – Resolvi imitar a Lua e escrever uma carta pro Papai Noel também. Pedi pra que você ficasse bom logo, e sabe, as fãs do mundo inteiro fizeram isso depois que a Lua disse a elas como foi que ela conseguiu você de presente no Natal. – Sorri um pouco me lembrando do vídeo que a Lua fez e postou no tumblr. – Nós recebemos milhares de cartas pra colocar na nossa “árvore de Natal do Aguiar”. Eu queria muito que você acordasse no meu aniversário. Queria comemorar com você esse dia tão especial pra mim como pra você e pra Lua. – Sorri. 
- Ta querendo comemorar o dia que ele foi tão cara de pau que roubou um selinho da Lua? – A voz do Chay me fez encarar a porta do quarto. Chay, Micael, Lua e Mel estavam ali, sorrindo pra mim. 
- Não foi cara de pau Chay, foi a esperteza que eu o ensinei! – Gargalharam da minha fala enquanto eu sorria, fingindo ser o dono da sedução. 
De repente todos se calaram, as feições assustadas. 
- Que foi, gente? – perguntei sem entender o porquê de tudo aquilo. 
- Para o seu governo, Judd, essa esperteza já nasceu dentro de mim. – Quase tive um infarto ao escutar sua voz e sua mão apertando a minha. Olhei em sua direção e vi seu pequeno sorriso pra mim. Meu amigo estava de volta! 
End POV. 


Continua..

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