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13/12/2011

"O Melhor pra Mim"


Capitulo 93


Sábado, dia 14 de Novembro, 19:54, no meio da rua.
Lua:
Até onde eu teria que ir para pegar um táxi naquele lugar? Será que os taxistas não sabiam que todos os dias alguma garota perdida saía de onde estava e procurava por eles? Porra!
Sentei-me no meio fio, depois de caminhar dois quarteirões. Apesar do frio, eu estava com calor. Principalmente por estar andando com aqueles saltos babacas. Sentia-me idiota, diferente do começo da noite.
Por que cheguei a pensar que algo daria certo para mim algum dia? As coisas nunca dariam certo. Pelo menos não pra mim.
Estava completamente perdida. Sentia falta da bolsa que deixara dentro do salão, com meu celular e meus cigarros.
- Lua! - ouvi a voz esbaforida de Thur vir do começo da rua. Virei os olhos. O que ele queria? Ferrar minha vida mais um pouquinho?
Quando conseguiu me alcançar, apoiou o corpo nos joelhos, respirando fundo. Levantei-me, com medo de que ele olhasse mais para minha calcinha do que para mim.
- Lua, por que você saiu daquele jeito? - ele perguntou, assim que recobrou o fôlego. Ignorei sua pergunta, continuando a caminhar. - Puta merda, Lua, para de ser criança.
- Arthur, vá embora. - pedi, sem vontade de brigar. - Acabou a farsa. Não precisa mais fingir que se importa comigo. - respondi, sem me virar. Avistei bem ao longe um carro branco vindo em nossa direção. Talvez fosse um táxi. Talvez não.
- Eu não estou fingindo! Me desculpe pelo o que eu disse, eu fui um idiota. Para de andar um pouco?
- Arthur, sério, me esquece. Como você mesmo disse, eu não sou sua namorada, você não é meu namorado. Sua banda já está livre, pode voltar com a sua vida que eu vou voltar com a minha.
- E o que nós acabamos de ter, Lua!? Você disse que me amava! - ele gritou, começando a perder o controle.
- É, eu te amo sim, Arthur. Mas eu não quero ter um relacionamento com você baseado na mentira, no fingimento. Eu preciso de um tempo pra mim, pra esquecer essa história, pra poder enfiar de uma vez por todas na cabeça que minha mãe nunca vai estar satisfeita comigo… Eu só quero um tempo.
- Lua, para com isso vai… Vem cá, me dá um abraço, vamos esquecer isso e fumar um cigarro. - ele estendeu a mão em minha direção. - Me conte mais sobre esse prêmio de física.
- Arthur, eu… - neguei com a cabeça, dando dois passos para trás, ficando no meio da rua.
- LUA, SAI DAÍ! - ele gritou, e eu senti algo me atingir.
Depois não me lembro de mais nada.
Continua...


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