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09/12/2011

"O Melhor pra Mim"


Capitulo 77


Sexta-feira, dia 13 de Novembro, 15:12, TacoPlace...
Guys:
Eu observava Pedro, Micael e Chay de longe, enquanto eles conversavam com as pessoas que os rodeavam. Eu deveria estar junto, lambendo o cu dos meus supostos fãs, mas não estava nem um pouco a fim. Eu só queria ficar quieto, longe de todos, respirando fundo para tentar fazer meu coração parar de pular como louco no peito.
Meu medo do palco era maior do que eu pensava. E aquilo somado ao beijo de Lua e Eric era tortura chinesa.
Para mim ela o ter beijado era o ponto final. Mais cedo pedi a ela que me desse uma prova de que não gostava de mim, e foi o que ela fez. Agora tudo estava acabado. E eu me sentia péssimo.
Eric …Justo o filho da puta que quase me matou…
- Cara, vamos beber! - Chay me chamou, levantando uma garrafa de cerveja. - Já passou, nós conseguimos!
- É… - murmurei, meio desanimado.
Peguei uma garrafa de cerveja e dei um gole. Logo em seguida meu celular vibrou. Atendi sem ver quem era, ouvindo a voz grave do meu pai do outro lado.
- Filho, venha aqui fora, preciso conversar com você.
Virei os olhos, entreguei a garrafa para Mel e me dirigi à porta. Tive que passar por um mar de pessoas, todas me cumprimentando, animadas. Sorri amarelo para todas elas e finalmente me livrei daquele inferno.
Ao sair, meu pai me esperava ao lado de sua Land Rover com minha mãe e Carla.
- Oi. - aproximei-me deles, que sorriam.
- Filho, foi lindo! - minha mãe exclamou, afetada. Depois me puxou para um abraço apertado.
- Obrigado, mãe. - “eu acho”, pensei em completar, mas não ia estragar um dos raros momentos em que minha mãe não estava sob o efeito de seus remédios.
Depois foi a vez de Carla, que só me abraçou sem dizer nada.
Então foi a vez do meu pai.
Olhei para ele, indiferente. Ele me olhava com uma expressão engraçada… Quase como se sorrisse. O que era estranho, porque pra mim meu pai era o Darth Vader, e eu nunca o vira sorrindo. Nunca.
- Mais de 200 pessoas, pai. Você não pode reclamar. Esse era o nosso trato. - comecei, gesticulando. - Eu sei que você agora está procurando alguma brecha no nosso acordo, mas nem adianta. Combinado não é caro e você mesmo…
- Filho, não precisa se alterar. - ele disse, calmo. - Você cumpriu nosso trato. Está livre pra fazer o que quiser da sua vida.
Deixei o queixo cair. De verdade. Ele abriu sozinho.
Claro que eu fiz tudo aquilo para conseguir que ele parasse de encher o saco com a faculdade e blá blá blá. Mas no fundo, lá no fundo, eu sabia que ele não concordaria. Pensava que ele daria algum jeito de sabotar tudo e me mandar sem escalas para a Suécia. O que ele havia dito era realmente uma surpresa.
- Então eu posso continuar com a banda? Posso continuar no Rio ? - perguntei, ainda boquiaberto.
- Sim, pode. - ele respondeu. E depois simplesmente abriu o carro com a chave e minha mãe entrou do seu lado.
Fiquei parado ao lado do carro, tentando processar aquilo.
Quero dizer… Era aquilo? Simples daquele jeito?
Se eu soubesse não teria ficado paranóico por tanto tempo!
- Tchau, filho. Cuide de sua irmã e… - ele apertou o botão e começou a fechar o vidro. - Parabéns.
O vidro se fechou e ele foi embora.
Continua..


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